Vôlei
Jogadoras de vôlei afegãs são perseguidas pelo Talibã
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Por medo da perseguição do regime do Talibã, que tomou o controle do Afeganistão no início do mês de agosto, mulheres atletas estão tentando deixar o país para buscar ajuda em outros lugares. Técnica da Seleção Afegã de Vôlei, a ex-jogadora Zahra Fayazi relatou em entrevista à BBC que cerca de 30 atletas estão tendo de se manter escondidas enquanto buscam formas para deixar o país e fugir do regime do Talibã. Segundo Zahra, uma atleta da equipe foi morta.
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Exilada em Londres há um mês, a treinadora segue em contato com suas jogadoras de vôlei, buscando formas de auxiliá-las na fuga do país. Porém Zahra não foi a única que conseguiu relatar o que está acontecendo no Afeganistão. Outra ex-jogadora de vôlei afegã, que preferiu manter sua identidade preservada, informou à BBC que fugiu para um país vizinho após ser esfaqueada. A ex-atleta também afirma que uma jogadora foi assassinada pelos seguidores do regime do Talibã, além de reforçar a preocupação com aquelas que ainda não conseguiram deixar o país: “Não conseguimos acreditar. Talvez a gente perca outras amigas”.
— Nós não queremos que isso aconteça com outras de nossas jogadoras. Elas, inclusive, precisaram queimar seus equipamentos esportivos para salvarem a si próprias e suas famílias. Eles (Talibã) não querem que elas tenham qualquer coisa relacionada ao esporte. Elas estão assustadas. Muitas das nossas jogadoras que são de províncias foram ameaçadas por parentes que fazem parte do Talibã e por seguidores do Talibã. O Talibã disse às famílias das nossas jogadoras para que não as deixem praticar esportes ou sofrerão com a violência — declarou Zahra em sua entrevista à BBC.
Em contato com o COI (Comitê Olímpico Internacional) e a FIVB (Federação Internacional de Vôlei), Zahra e a outra ex-atleta que manteve o anonimato continuam buscando auxílio para as atletas que seguem escondidas no país. As entidades afirmam estar ajudando a resolver a situação, mas não informam mais detalhes sobre o caso.
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