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Lakers tem começo de temporada ruim, mas histórico dos erros é recorrente

Jogadores dos Lakers posam para foto com uniforme do time
FOTO: Divulgação Los Angeles Lakers

A temporada 22-23 da NBA começou há uma semana. Para alguns, falar sobre os times requer um tempo para analisar de maneira concreta. Porém, não é necessário esperar muito para falar sobre a situação dos Lakers. O time de Los Angeles está com 3 derrotas em 3 jogos disputados, com destaque para a virada sofrida para o Portland Trail Blazers de Damian Lillard na noite deste domingo (23).

Os reflexos dos últimos anos, são recorrentes nesse início de temporada. Um time que sofre com lesões, não tem eficiência nas bolas de 3, mal treinado e péssimo defensivamente. Tudo isso parecia ter sido estabelecido no ano do título, mas não é o que vem acontecendo. 

A CONSTRUÇÃO

Desde a offseason, muito se fala sobre a permanência de Westbrook no time, alegando que o armador seria o maior culpado pela sequência negativa dos Lakers. Porém, existe um histórico por trás desses tempos sombrios na equipe de Los Angeles. Em 2018, Lebron James assinou com os Lakers e se juntou a um jovem elenco composto por Brandon Ingram, Kyle Kuzma, Lonzo Ball e Josh Hart.

A expectativa era alta, pois o ala ex-Cleveland teria peças promissoras no elenco e que ele mesmo poderia ajudar na evolução em quadra. A temporada dos Lakers foi por água abaixo devido às lesões de seus principais jogadores e o time não conseguiu se classificar para os playoffs. Lebron, Lonzo e Ingram jogaram juntos 30 jogos, com recorde de 18 vitórias e 12 derrotas. Após o término da temporada, a torcida esperava uma melhora dentro de quadra e a volta de todos os jogadores do elenco. 

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Em junho de 2019, a cidade de Los Angeles parou quando Anthony Davis foi trocado para o time. No acordo, os Lakers abriram mão de seus jovens jogadores, Ingram, Hart e Lonzo, buscando um all-in na dupla Lebron-Davis. Um movimento ousado pensando no momento, mas também confiando a franquia ao pivô ex-Pelicans, quando Lebron decidisse se aposentar.

Os Lakers fecharam com o técnico Frank Vogel na esperança de mudar a mentalidade fraca do time da era Luke Walton. A temporada 19/20 foi a mais dominante desde a chegada de Lebron. Vogel estabeleceu uma forte defesa no time, com Anthony Davis, Lebron James, Kyle Kuzma, Javale McGee e Dwight Howard fechando o garrafão, além da presença de Alex Caruso, Rajon Rondo, Danny Green, Avery Bradley e Caldwell-Pope defendendo o perímetro.

O RESULTADO

Los Angeles se classificou com antecedência aos playoffs, pouco antes da COVID-19 interromper a liga. A NBA voltou e os Lakers mantiveram a dominância defensiva, o forte ataque dentro do garrafão e poucas bolas de 3 forçadas, se consagrando campeões ao vencer o Miami Heat em 6 jogos. 

O título empolgava para as próximas temporadas, mas a má gestão de Rob Pelinka começou a tomar maior forma, ao deixar jogadores chaves saírem na offseason. As lesões voltaram a assombrar os Lakers na temporada 20/21 após o time começar 21-7. Anthony Davis machucou e ficou fora por 30 jogos. Lebron perdeu 26 dos 30 jogos finais. Davis machucou novamente no jogo 4 da primeira rodada dos playoffs contra os Suns e os Lakers perderam por 4-2, encerrando mais um ano conturbado dentro e fora de quadra. A dominância dentro do garrafão dos Lakers começou a cair, e a necessidade de espaçar a quadra e arremessar bolas de 3 aumentou, expondo a fraqueza do time novamente. 

O SONHO DE UMA ‘DINASTIA LAKERS’ DUROU POUCO

Já em 21/22, a aquisição de Russell Westbrook e Carmelo Anthony, colocou o time como provável campeão. Em quadra, tudo foi diferente: Frank Vogel não tinha mais controle sobre o time que conduziu ao título em 2020, os jogadores não tinham entrosamento, mais lesões no elenco e com destaque a Anthony Davis fora da temporada. Os Lakers tiveram 41 escalações diferentes e o big 3 só atuou junto em 21 jogos. Mais uma vez, o time foi eliminado dos playoffs. Vogel deixou o comando do time e Darvin Ham assumiu para a atual temporada. 

A sensação é que os Lakers desaprenderam a jogar. Um time forte defensivamente e inteligente nos ataques se tornou uma zona. Nesses 3 primeiros jogos, é claro a desorganização e a falta de um plano de jogo. Os Lakers estão com um aproveitamento de 21% nas bolas de três, uma defesa perdida e um ataque pouco criativo. A chegada de Darvin Ham e de outros jogadores não convence.

O arroz com feijão que levou o time ao título e a jogar de forma dominante, não é mais apreciado. É difícil analisar outros times no início de temporada, mas diante de todo esse histórico, os Lakers continuam se afogando em seus próprios erros recorrentes, e a tendência é continuar se medidas não forem tomadas.

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