Ouro na Copa do Mundo do Japão em 2019 e melhor recepção da Superliga Banco do Brasil masculina 20/21 pelo Fiat/Minas, o líbero Maique cedeu entrevista ao Esporte News Mundo. No papo exclusivo, o atleta minastenista relembrou obstáculos antes de se profissionalizar, comentou sobre o formato de bolha nos playoffs da Superliga e falou da convocação para as Olimpíadas de Tóquio, a qual disputa a posição com Thales, defensor do EMS/Taubaté/Funvic.
CAMINHO ÁRDUO
Ex-colhedor de café e ajudante de pedreiro, Maique abordou sobre as dificuldades antes de seguir o sonho de ser jogador de voleibol profissional.
– Passei boa parte da minha infância e pré-adolescência ajudando meus pais, seja nas férias ou quando eu estudava um período só pela amanhã. À tarde, ia com o meu irmão auxiliar nosso pai, que era servente de pedreiro. Isso foi muito importante para mim para eu poder dar valor às coisas – completou o camisa 15 do Fiat/Minas.
Além da experiência individual, o líbero de 23 anos reiterou a importância de ter oportunidades no Brasil.
– Não basta só você querer muito, depende de oportunidade e de outras pessoas também. Tem que mostrar o seu trabalho, claro, mas as pessoas precisamos acreditar em você e gerar essa oportunidade. No Brasil, não temos muitas. Eu uso como exemplo a minha cidade que nunca teve projeto de vôlei masculino. Hoje, em parceria com a prefeitura, estou tentando buscar um projeto para poder dar oportunidades – revelou Maique.
PLAYOFFS DA SUPERLIGA
O primeiro jogo da série melhor de três contra o Apan/Eleva/Blumenau foi perfeito para a equipe do Minas, que encerrou o segundo turno na quarta posição da tabela. Apesar da parcial de 3 sets a 0, o dono do fundo da quadra da Arena Minas afirmou que o foco para a segunda partida será o mesmo e espera não precisar do duelo de desempate.
Com a piora da pandemia da COVID-19 no país, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) estuda realizar as semifinais e a final no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema, no Rio de Janeiro. Mesmo com incertezas sobre as fases finais, Maique se posicionou a favor da segurança de todos os envolvidos na Superliga.
– Seria essencial eles aderirem o formato de bolha. Até mesmo para a nossa segurança e de todos os envolvidos no evento. É uma situação difícil, porque nós estamos enfrentando uma pandemia já tem um ano e passando pelo pior momento. Manter do jeito que está eu acho bem difícil – analisou o líbero da Seleção e do Fiat/Minas.
TÓQUIO 2021: MAIQUE X THALES
Os maiores cotados para defender o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2021 são rivais apenas dentro de quadra, quando jogam um contra o outro. Fora isso, segundo Maique ao ENM, os jogadores se ajudam e trocam informações.
– Meu companheiro Thales é um cara incrível. Aprendi muito com ele durante o período da Seleção e continuo aprendendo. Independente da escolha do Renan (técnico da Seleção masculina de Voleibol), um vai estar feliz pelo outro. Sabemos das nossas batalhas, o que fizemos para alcançar tudo isso – finalizou o mineiro.
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