Internacional

Modelo tático do Inter de Abel Braga já é diferente do esquema de Eduardo Coudet

O momento do Internacional não é bom. Depois de perder Eduardo Coudet, na última segunda-feira (9), o colorado foi ultrapassado pelo Atlético-MG e não é mais o líder do Campeonato Brasileiro. A derrota gaúcha para o Santos, que estava muito desfalcado, mesmo com os titulares, preocupa. Parte disso passa pela mudança no comando técnico, que certamente altera o trabalho anterior. O modelo tático, do Inter de Abel Braga já começa a se mostrar diferente do esquema do argentino, apesar do novo comandante negar em entrevista coletiva. E, essas derrotas, podem estar passando justamente por dois pontos específicos: o posicionamento de Thiago Galhardo e dos dois volantes.

Artilheiro do campeonato brasileiro, com 15 gols, Thiago Galhardo mudou o posicionamento em campo. Antes centroavante, agora, neste novo modelo tático, o jogador precisa voltar mais para buscar a bola. Adepto de um 4-2-3-1, raramente variando para um 4-4-2, Abel Braga exige que o craque saia da zona onde é letal, para armar o time. Por mais que tenha atuado assim, em temporadas anteriores, foi como “9” de Coudet que o jogador ganhou destaque nacional resultando na recente convocação para a Seleção Brasileira.

Para visualizar isso, basta ver o mapa de calor de Thiago Galhardo no jogo de hoje, retirado do aplicativo SofaScore. Percebe-se que o atacante, por conta do novo modelo tático, passou a sair mais da área, buscando a bola no lado direito do meio-campo. Na etapa inicial, ele até tentou ficar mais fixo, porém, por orientação técnica, voltou do intervalo circulando mais atrás, deixando Abel Hernández como centroavante

Mapa de calor de Thiago Galhardo contra o Santos (SofaScore)

O novo modelo tático dos volantes

Existe um ponto em que fica clara a mudança de ideologia, de Abel Braga para Eduardo Coudet. O novo modelo tático colorado alterou, significativamente, a posição dos volantes. Antes, com o argentino, o time atuava em um 4-1-3-2, com apenas um volante fixo, fazendo a já conhecida “saída de três”, enquanto o segundo avançava na marcação. Já neste sábado (14), diante do Santos, os jogadores que atuaram na função já passaram a ficar em linha, alterando para o clássico 4-2-3-1.

De forma prática, essa mudança no modelo de jogo resulta na quebra do esquema tático anterior. Esse segundo volante, com mais liberdade, era quem igualava numericamente o ataque do Inter à defesa adversária, para realizar a marcação pressão. Com ambos em linha, os zagueiros adversários não são incomodados, pois sempre haverá algum volante ou lateral livre de marcação. Diante dos paulistas, o que se viu foi um grande buraco na intermediária santistas pois, aonde antes existia Edenilson, não existe mais ninguém.

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