Fábio Moreno fez resumo da campanha na Ponte Preta no Campeonato Paulista após derrota diante do Novorizontino, na final do Troféu do Interior.
Pressionado pela torcida no cargo e prestigiado junto à diretoria executiva, treinador enxergou pontos positivos nesta trajetória, apesar de eliminação na fase de grupos, e lamentou surto de Covid-19 em março.
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“Eu acho que a gente, nesse campeonato, teve bons momentos. Teve momentos em que conseguimos fazer e executar aquilo que planejamos e aquilo que os jogadores executam no dia a dia. Tivemos uma série de dificuldades que já foram faladas. Todas as equipes, na verdade, passaram por dificuldades. Eu entendo que a Ponte Preta sofreu bastante também com isso, com Covid e com todas as situações peculiares desse campeonato”, analisou.
“Eu acho que teve momentos em que a gente conseguiu propor o jogo, fazendo o nosso estilo de jogo e ser reativo no momento certo. Eu acho que é ajustar essas questões. Não vai ser por causa de um jogo que não deu certo que a gente vai jogar todo o trabalho fora e todo empenho desses atletas, porque o caminho está sendo traçado. O trabalho está no início, e a gente acredita muito que ainda pode render frutos para Ponte Preta”, acrescentou.
ERROS
Moreno ainda reconheceu os erros cometidos pela Ponte Preta na recomposição defensiva para conter os contra golpes do Novorizontino, sobretudo por conta do gol sofrido com três minutos de jogo.
“Principalmente no segundo tempo, a gente sofreu muito com isso. Não era o nosso plano de jogo. Não era o plano inicial. Só que, quando você sofre um gol no começo, aí depois acaba que sofremos um gol de boa parada no segundo tempo… isso daí acaba sendo praticamente consequência do nosso empenho e da nossa atitude em tentar fazer o gol. Não foi por mera desorganização. Foi por muito empenho de vários jogadores querer fazer o gol a todo custo”, afirmou.
“O Novorizontino é muito forte nesse quesito e fez vários gols assim de contra-ataque. A gente lembra do último jogo aqui contra o Ituano. Então é procurar estar atento a isso, mas como era uma situação de final, onde não existia nenhum tipo de possibilidade de recuperação, os atletas foram ao máximo e se doaram ao máximo. Em algumas vezes, a gente ficou exposto, sim, mas não por falta de atenção e por falta de desorganização, mas pelo empenho e pela vontade de querer fazer o gol”, prosseguiu.
“É inegável que a gente tome igual no começo e isso seja prejudicial para equipe. Eu não brigo contra fatos. Eu acho que isso é um problema que tem que ser corrigido. Não é uma coisa fácil de se corrigir, porque se fosse, com certeza, o maior interessado nisso sou eu. A gente procura fazer um vestiário forte para que os atletas entrem ligados na partida. Eles entram empenhados. Eles querem ao máximo. É um momento de desatenção, um momento de mal posicionamento e de tomada de decisão que não é a melhor em que os adversários conseguem nos castigar dessa forma, sofrendo um gol no começo. Temos que rever todo o planejamento e temos que correr muito mais para reverter esse resultado. Isso daí, com certeza, tem atrapalhado muito o rendimento nosso e a produção nossa nesse campeonato”, finalizou.
E AGORA?
Após vice-campeonato no Troféu do Interior, Ponte Preta se concentra para estreia na Série B do Campeonato Brasileiro.
O primeiro compromisso do time campineiro, prestes a iniciar processo de reformulação do elenco, é o Brusque, no próximo domingo, 30 de maio, no Estádio Augusto Bauer, às 11h.
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