O Cruzeiro, enfim, venceu a sua primeira partida na Série B do Campeonato Brasileiro. Diante da Ponte Preta, Bruno José marcou e guardou os três pontos na bagagem da Raposa. Após a partida, Mozart comentou sobre o resultado positivo, a também primeira vitória do time celeste sob seu comando.
Segundo ele, a mudança tática promovida ao longo da partida foi crucial para a adaptação ao estilo de jogo proposto pela Ponte Preta, que, conforme o treinador, teve muitos méritos ao dificultar a marcação do Cruzeiro. A Raposa começou jogando no clássico 4-4-3, mas depois adotou uma saída com três jogadores. Além disso, Mozart destacou a entrega do elenco.
— Eu já vinha fazendo desde o ano passado no CSA a saída com três, e eu acredito que ela te dá uma opção a mais de passe para a frente. Você tira um jogador da linha defensiva para colocar no ataque, então você ganha uma opção a mais de passe para a frente. Esse é o motivo, isso não significa que a gente não vá fazer uma saída com quatro em algum momento. Hoje, especificamente o jogo pedia essa troca. Nós tivemos dificuldade principalmente para marcar a Ponte, porque eu não esperava que o Gilson entraria com três zagueiros e dificultou a nossa marcação, mérito deles. Eu tentei dá uma espelhada no segundo tempo e aí o mérito é total dos jogadores que rapidamente conseguiram executar, e aí conseguimos roubar mais bolas no campo de ataque também. E a entrega foi fantástica.
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Nesse cenário, com o gol de Bruno José sendo marcado após a mudança promovida por Mozart, a vitória veio. Uma vitória com “sabor especial”, segundo o treinador. Porém, para ele, esse resultado é ainda mais importante para os jogadores. Mozart ressaltou ainda a “fórmula” para que o clube mineiro alcance o tão almejado acesso no fim da temporada.
— E jogar aqui é uma tarefa dura, porque é uma equipe que tem imposição e meus jogadores conseguiram igualar essa imposição, lutaram o tempo todo e foram premiados com a vitória. Vivemos de resultado e trabalhamos todos os dias para vencer. Mas, principalmente, o que ela representa para esses jogadores. Eu cheguei a mais de uma semana, e eu acompanho esses caras no dia a dia, então, são jogadores que têm uma identificação enorme com o clube, que se dedicam no dia a dia. Então, mais do que eu, eles são merecedores dessa vitória. Nós estamos muito longe do nosso objetivo ainda, é um início de competição e trabalhar com vitória é muito melhor. Então, é manter a humildade, cabeça boa e sempre ir jogo a jogo. É uma competição longa, todos os jogadores vão ter oportunidade, e jogo a jogo nós vamos construir o nosso acesso.
OUTRAS OPÇÕES…
No decorrer da partida, Mozart usou, também, jogadores de outras posições em um sistema tático alternativo, a fim de suprir ausências, como o caso de Rômulo, que apesar de também ser lateral, atua normalmente no meio de campo. Ele, dessa vez, foi deslocado para a lateral-direita, função feita por Raúl Cáceres (Covid-19) e Joseph no último jogo.
Segundo ele, essa é uma realidade do futebol atual e revelou que, sempre que for preciso, usará desse artifício em campo.
— Essa é uma tendência do futebol atual, e nós optamos por colocar o Felipe Augusto na ala por ele ter essa característica, ele é forte e tem uma relação muito boa com a bola. Já no jogo contra o Goiás, tínhamos feito isso e a jogada saiu com ele. Temos que criar com os jogadores que nós temos. Exaltar o que esses jogadores fizeram aqui, porque jogar aqui é muito difícil, e eles estão de parabéns.
Sobre Marcelo Moreno, atualmente com a Seleção Boliviana, Mozart destacou, mais uma vez, que o atleta tem espaço em seu time. “O Marcelo te dá opção de uma bola mais longa e alta para preparar para outros jogadores. Suas funções se adaptam as duas formações”, justificou.
ELENCO UNIDO?
Mozart falou, também, sobre a reintegração de alguns jogadores e sobre a conversa constante entre comissão-jogador. Para ele, esse contato é muito importante, assim como se reforçar no próprio elenco.
— Além de se fechar com os jogadores, e essa conexão comissão-jogador é muito importante na minha opinião, nós buscamos contratar dentro do nosso próprio elenco. Vou dar o exemplo específico do Ariel. O Ariel é um jogador que tem uma história muito grande nesse clube, que tem uma carreira na Argentina muito importante também, então nós o reintegramos também por esse motivo, não só porque é a nossa linha de trabalho. Acredito que vai ser esse o caminho. Como é um campeonato extremamente longo e difícil, vamos precisar de todos os jogadores nas mesmas condições técnicas, táticas e mentais e essa é uma obrigação da comissão técnica.
O Cruzeiro, de Mozart, volta a campo no próximo sábado (19), às 19h, diante do Operário, no Estádio Germano Kruger. Em busca de emplacar mais uma vitória, Mozart prometeu ajustar o elenco para que os jogadores apresentem equilíbrio durante a partida. “Vamos estudar a Ponte para ter equilíbrio nos dois tempos”, disse.
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