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Opinião: Demissão de Maurício Souza é tentativa de correção de rota e confissão de erro da diretoria do Vasco

Quando Maurício Souza assumiu o comando técnico do Vasco, o time estava invicto há 12 jogos na Série B. O desempenho não era dos melhores, é verdade, mas, agora, oito jogos depois, a equipe perdeu a invencibilidade, caiu de produção e Mauricinho já não é mais treinador do clube. Por linhas muito tortas, a direção vascaína vai tentar consertar o erro cometido no último mês.

Maurício Souza nunca foi unanimidade dentro da diretoria do Vasco. Mas, bancado principalmente pelo gerente executivo Carlos Brazil, ele chegou com a missão de dar continuidade ao trabalho de Zé Ricardo e, é claro, também fazer o seu próprio papel na sua primeira oportunidade como treinador de uma equipe profissional. Mas o que se viu em campo foi bem diferente disso.

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As atuações do Vasco, que Já não eram de encher os olhos com Zé Ricardo, apesar do Vasco ter conseguido bons resultados com o ex-técnico, ficaram ainda piores. A defesa, antes ponto forte do time, ficou mais frágil e vulnerável. O ataque, que já sofria com a falta de criatividade, ficou ainda mais inofensivo.

Que pese o pouco tempo de trabalho e a sequência de lesões e suspensões que fizeram Maurício Souza não ter conseguido repetir a escalação em dois jogos seguidos, o desempenho foi piorando a cada rodada, culminando com a derrota por 1 a 0 para o lanterna Vila Nova, no último sábado.

Sem o apoio da torcida, que nunca viu com bons olhos a chegada do técnico, Maurício Souza rapidamente também perdeu o pouco apoio que tinha da diretoria. Se não havia convição no trabalho de Mauricinho, por que a contratação em junho? Ou a confiança no trabalho acabou em oito jogos? Coube a Carlos Brazil, que bancou a contratação em junho, fazer o anúncio da demissão. Maurício não teve nem sequer a oportunidade de se despedir do elenco no último domingo, quando foi definida a sua saída.

Para o Vasco, a demissão de Maurício Souza parece ser uma tentativa de correção de rota depois de oito jogos em que a equipe definhou em campo. E também é uma confissão de erro e culpa pela situação do time, que caiu para a terceira colocação da Série B e viu a distância para o líder Cruzeiro aumentar, além de colocar em risco o único objetivo do clube em 2022: o acesso para a Série A. Ainda há tempo para corrigir o erro. Mas a escolha do próximo técnico precisa ser certeira. E o departamento se futebol também precisa ser cobrado pela situação do time e do clube.

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