Em entrevista coletiva virtual realizada nesta terça-feira (29), Tiago Nunes comentou sobre o seu estilo como treinador e a sequência de trabalho do Corinthians. Um detalhe que ficou visível na conversa foi como o comandante fechou o jogo sobre o confronto diante do Red Bull Bragantino.
A “nova era” no Corinthians?
“Fui contratado por ter um perfil de ideias mais parecido com o que o Andrés (Sanchez) tinha interesse em implementar”, sentenciou o técnico. Tiago também disse sobre os rótulos de “treinador ofensivo” que recebeu quando chegou ao clube: “Vivemos em um momento em que todos os profissionais são rotulados. Nunca me rotulei como treinador ofensivo, sou um treinador desportivo”.
Tiago Nunes afirmou que tem o conhecimento de que seus bons resultados em clubes anteriores o levaram ao Corinthians, mas pede calma. Falou também sobre o estilo de jogo que ficou conhecido no clube na última década: “Às vezes o que planejamos no papel não acontece na prática dentro do campo porque estamos lidando com seres humanos. São aproximadamente dez anos com uma ideia de jogo, e a curto prazo você tem que mudar”.
Entrou, também, no debate sobre “desempenho x resultado” e o tempo necessário para que suas ideias sejam traduzidas em campo:
“O que qualifica o trabalho? Os resultados ou as ideias que estão sendo implementadas? O mínimo que esperava era 30 jogos para ver algo dentro de campo. Penso que, pela grandeza do Corinthians, as coisas tomam uma proporção muito maior”
Decisões do time e avaliação do Paulistão
Perguntado sobre sua força na manutenção de jogadores, o treinador reiterou que as decisões são coletivas. “Eu como treinador tenho que achar soluções dentro do próprio clube. As coisas estão andando bem internamente”, afirma.
Para o confronto contra o Red Bull Bragantino, Tiago Nunes segue colocando o adversário como favorito. “É uma questão óbvia, é o lider geral da competição”. Ressaltou, também, a capacidade do Corinthians em grandes jogos: “O resto é com os jogadores dentro do campo”, disse.
O treinador avaliou o crescimento da equipe depois da paralisação com o uso de estatísticas. “Nossos números sempre foram superiores em relação aos adversários. Estatisticamente não fizemos dois últimos grandes jogos, mas vencemos. A estatística pode ser interpretada por diversos vieses”, completou. Também defendeu o elenco e o desempenho inconstante, que, para ele, é natural: “Existe uma oscilação normal. Vamos procurando os jogadores que melhor se encaixam na nossa ideia, que é a mesma desde o primeiro jogo”.
Sobre os jogadores
A respeito de uma possível “dependência” de Cantillo, o treinador desmentiu. “Trouxemos pela posição e característica que desempenhava no Jr Barranquilla. Ele é um jogador muito importante”, concluiu.
A respeito dos mais jovens, deu seu voto de confiança. “Bruno Mendez tem qualidade e potencial. Araos tem que evoluir o aspecto físico. Mas todos estão brigando pelo seu espaço e podem aparecer na equipe a qualquer momento”.
Disse que a escolha por Danilo Avelar na zaga, após a perda de Pedro Henrique, se deu pelo jogador ser canhoto e qualificar a saída de bola. Sobre Jô, disponível para a próxima partida, reiterou a cautela. “Não sabemos quanto tempo ele pode aguentar em campo, mas esperamos que atue bem dentro do tempo em que estiver”, afirmou.
Para finalizar a coletiva, Tiago Nunes escondeu o jogo para o confronto diante do Bragantino. Perguntado sobre como o Corinthians iria a campo, desviou: “Se eu falar pra você, vou facilitar a vida do adversário. Posso falar que vamos entrar bem fardados, de camiseta, meião, calção, e buscando a vitória”.
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