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Penhora milionária do Botafogo é determinada pela Justiça para pagar dívida a Everton após saída do Ato Trabalhista

Everton (esquerda) em sua apresentação pelo Botafogo (Foto: Reprodução)

O Botafogo foi alvo de mais uma penhora milionária da Justiça. Nesta terça-feira, a juíza substituta Ana Larissa Lopes Caraciki, da 12ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), determinou que R$ 2.277.554,52 do clube seja bloqueado para pagamento de dívida a Everton, em ação que corre desde 2012. O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso, que foi reativado nesta semana após o Alvinegro ter tido o seu Ato Trabalhista cancelado.

A penhora determinada foi nas contas do Botafogo. Ato contínuo, caso essa tentativa seja infrutífera, a magistrada já ordenou que 20% da renda bruta diária do clube de General Severiano seja bloqueada, até o limite para a quitação da dívida com o jogador.

O Botafogo teve no fim da semana passada seu Ato Trabalhista cancelado por falta de pagamento em quatro parcelas e atrasos em outras cinco, conforme o Esporte News Mundo antecipou. Com isto, cerca de R$ 10 milhões em dívidas, que estavam em curso no Plano Especial de Pagamento Trabalhista 156/2014, voltam a poder ser penhoradas individualmente. Na segunda-feira, Marcelo Cordeiro, ex-jogador do Alvinegro, que estava incluído no Ato, também voltou a cobrar na Justiça o restante do pagamento da dívida do clube.

A decisão pelo cancelamento do Ato Trabalhista do Botafogo foi assinada pelo desembargador corregedor Jorge Fernando Gonçalves da Fonte, e nesta segunda-feira o clube presidido por Durcesio Mello chegou a entrar com Recurso Ordinário, mas ainda não há prazo para decisão de um possível efeito suspensivo. Por enquanto, o Ato Trabalhista segue cancelado.

O problema do Botafogo com o Ato Trabalhista começou em 2020, quando por quatro meses, durante o início da pandemia de Covid-19, mais conhecido como coronavírus, o clube havia conseguido a suspensão dos pagamentos das parcelas. Entretanto, conforme o ENM antecipou em dezembro, a corregedora do TRT-1 à época havia determinado a suspensão dessa ininterrupção dos pagamentos, dando um prazo de 15 dias para a quitação da dívida atrasada, que chegava a R$ 7,24 milhões.

O Ato Trabalhista do Botafogo era vigente até 2024, com pagamentos mensais de parcelas, que no período de um ano ultrapassavam R$ 20 milhões cada ano. O Ato estava vigente desde 2015, evitando penhoras nas receitas do clube em todas as dívidas de ações ajuizadas até o fim de 2014. Com o fim do Ato, essa diluição da dívida passada não existirá mais, conforme começou a acontecer no início desta semana.

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