Sérgio Santos Rodrigues, presidente do Cruzeiro, falou em entrevista ao jornal O Globo, nesta segunda-feira (15), sobre as expectativas para o ano de 2021 na Toca da Raposa. Segundo o mandatário, a expectativa é que o clube apresente redução de cerca de 20% em sua dívida na próxima demonstração financeira. O último balanço da agremiação mineira, referente ao terceiro trimestre de 2020, apresentou mais de R$ 1 bilhão em débitos. Sérgio Rodrigues falou sobre os valores:
— Sobre a dívida, muitos acordos que fizemos foram no último trimestre. Então, na parcial que a gente soltou, eles não tinham saído ainda, e aí a dívida estava na casa do bilhão. Quando publicarmos os acordos todos, creio que vamos fechar com uns R$ 800 milhões de dívida.
A diminuição nos débitos deve acontecer pois entrarão novos acordos na demonstração financeira que está por vir, como por exemplo o com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que reduziu dívidas fiscais do clube. O presidente do Cruzeiro citou alguns dos acordos realizados no período.
— Em números absolutos, a dívida tributária caiu R$ 170 milhões. Teve acordo com Fred, (economia de) R$ 50 milhões. Dodô e Marquinhos Gabriel, somados, uns R$ 10 milhões (de economia). A gente estima que a nossa gestão, entre negociações e dívidas pagas, bateu R$ 250 milhões a menos. O Cruzeiro vai estar melhor em balanço do que muito time da Série A. Vamos reduzir custos e endividamento geral.
Apesar das boas notícias, Sérgio Santos Rodrigues disse que no primeiro semestre de 2021, mais duas ordens de pagamento devem chegar ao clube, referentes às compras dos atletas Arrascaeta e Riascos. Apesar de já esperar tal situação, o presidente do Cruzeiro afirmou que existem diversas prioridades de ordem financeira, não garantindo, assim, a junção do montante necessário para quitação de dívidas futuras.
— Tivemos basicamente R$ 40 milhões vencidos em 2020: R$ 34 milhões efetivamente pagos e o resto parcelamos, as do Tigres e Del Valle. Temos mais duas dívidas para vencer. Mas julgamento da Fifa você não sabe: na hora que acaba, eles mandam prazo para pagar em até 90 dias. Vindo, a gente tem que se preparar para elas. Acredito que no primeiro semestre ainda venham mais duas. É difícil dizer que estamos separando dinheiro para elas porque há diversas outras prioridades.
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