Atlético-MG

Rodrigo Caetano pede punição exemplar ao Boca Juniors e classifica como ‘absurda’ possível penalidade ao Atlético-MG

Foto: Reprodução/Canal do Atlético no YouTube

O diretor de futebol do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, concedeu entrevista coletiva um dia após a classificação do Galo na Libertadores e a briga no Mineirão, que sucedeu o fim da partida. Para ele, a situação causada pelo Boca Juniors foi lamentável e a culpa é 100% dos argentinos.

Ainda, Rodrigo completa dizendo que a equipe adversária terá de ser punida de forma exemplar pela Conmebol para que situações parecidas não aconteçam novamente.

— O objetivo de vir aqui nada mais é para falar sobre os episódios ocorridos ontem. Lamentavelmente o tema futebol passam de lado, talvez de tudo que se repercutiu de ontem para hoje. Queria deixar muito claro que todos os episódios que foram mostrados e repercutidos, ficou muito claro que a culpa de todos essas cenas foi 100% por conta da delegação do Boca Juniors, isso não tem que estar sobre discussão. Bem como no que diz respeito ao Galo, nós prestamos todo o apoio e ajuda necessária para que a delegação do Boca pudesse ter minimamente o apoio legal em nosso país. Reitero também que nós temos que descolar todos os episódios do estádio Mineirão, palco Libertadores da América, de Copa do Mundo e está totalmente apto a receber grandes jogos, e nós lugar não admitimos que qualquer relação de sentido permaneça ou que ela tome tamanho nesse momento. Sempre defendemos as regras do jogo e esperamos que esses episódios ocorridos ontem à noite, tenham sido isolados e que a Copa Conmebol Libertadores é nascidos pelos mesmos princípios que foram até o jogo de ontem. Por fim, e não poderia ser diferente, nós estamos aqui representando a instituição, o presidente Sérgio Coelho, o órgão colegiado, nosso vice-presidente, todos os nossos sócios, conselheiros, e em nome de toda a massa atleticana, nós exigimos uma punição que seja exemplar ao Boca Juniors por todos os fatos lamentáveis, depredação de patrimônio, ameaças e principalmente agressões que nós lamentavelmente presenciamos ontem a noite.

Rodrigo Caetano falou, também, a respeito da nota oficial emitida pelo Boca Juniors nesta quarta-feira (21). Segundo o comunicado feito pelo time argentino, o clube foi prejudicado de forma maliciosa e intencional pelos operadores do VAR – visto que o árbitro de vídeo marcou como impedimento no gol feito pelos Xeneizes no jogo contra o Atlético.

— Respeitamos e entendemos o gigantismo que é a instituição Boca Juniors. Acho que tentou justificar o injustificável, não reconhecer a classificação de um rival eu acho que é um ato falho, colocaram em cima do VAR os motivos da nossa passagem, desse lado de cá tem também uma instituição que é campeã da Copa Libertadores, entre outros tantos títulos, que tem trabalho, tem uma torcida gigante e tem uma infraestrutura gigante. Me causa estranheza porque talvez essa ferramenta VAR, ela ainda não esteja sendo aplicada no futebol em todas os países do futebol sul-americano, e que durante décadas e décadas essa ferramenta ela não corrigiu equívocos, equívocos esse que ao longo de todo esse período de outras tantas Copa Libertadores, muitos clubes brasileiros se sentiram prejudicados e que ainda bem que o VAR veio para eliminar essa possibilidade ou pelo menos minimizar. Conforme todos os analistas de arbitragem, todos eles foram muito precisos e realmente admitiram que, tanto o lance em Buenos Aires e esse no Mineirão, o VAR agiu com muita precisão. Por último, talvez tenha faltado uma palavra, que no nosso vocabulário lá ela faz parte e nós não podemos exigir que isso faça parte de uma outra instituição, que é um pedido de desculpas. Era o mínimo que talvez devesse estar contida na nota, apesar de que ontem após todo o tumulto, alguns dirigentes do Boca Juniors vieram nos procurar pessoalmente, para fazer os seus pedidos de desculpas, mas posterior todas aquelas todas aquelas cenas lamentáveis, mas cada um faz a sua narrativa. A nossa narrativa está muito bem detalhada, principalmente nas nossas notas, que vocês todos puderam ter acesso e a nossa narrativa é ipsis litteris do que realmente ocorreu ontem à noite.

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POSSÍVEL PUNIÇÃO AO ATLÉTICO

Rodrigo Caetano foi questionado a respeito de uma possível punição ao Atlético de não poder atuar no Mineirão, por conta dos atos de vandalismo causados na partida dessa terça-feira. A imprensa argentina noticiou nesta quarta-feira que o Boca Juniors estuda enviar um ofício solicitando a eliminação ou perda de mando para o Galo nas quartas de final da Libertadores. Sobre isso, o diretor de futebol do Atlético vê a situação como “cúmulo do absurdo”.

— Isso é tão absurdo. No futebol se espera tudo, mas não passa pela cabeça de ninguém que, depois de todo o ocorrido, você não vê um único integrante do galo adentrando no espaço que não era seu, não houve nenhum tipo de situação diferente no campo de jogo, se você for pegar as imagens do jogo você vai ver quem eram as pessoas próximas do VAR, até porque precisava e queria vencer o jogo no tempo normal, buscou desde o início isso. Para nós não era interessante que o jogo se arrastasse, e para o Boca aparamente sim. Então não passa pela cabeça de que eles vão chegar ao cúmulo do absurdo de qualquer punição ao Galo, se isso acontecer, nós temos o nosso departamento jurídico extremamente competente e obviamente que apesar de tudo isso que se fala as instituições Atlético, Conmebol e CBF têm boa relação e a gente acredita na lisura da competição.

Também foi qualificado como “cúmulo do absurdo” uma possível punição ao presidente do Atlético, Sérgio Coelho, por conta de uma gravação veiculada nas redes sociais em que mostra o dirigente alvinegro arremessando garrafa d’água em direção aos jogadores do Boca Juniors no momento da confusão.

— Eu qualifico isso como o cúmulo do absurdo, porque aquelas imagens veiculadas, nós estávamos dentro do nosso vestiário, no espaço totalmente oposto do vestiário do Boca e aquilo já era o ápice de toda a violência, porque ali ele já tinha um adentrado no nosso espaço, tinha passado pela zona mista, tinham batido em seguranças privados, tinham jogado extintor de incêndio, pego gradis e barras de ferro para ser utilizado como arma, um negócio extremamente lamentável. E se nós não nos defendêssemos ali dentro do nosso vestiário, como tentou o presidente e alguns seguranças, talvez eles tivessem entrado e o que foi péssimo podia ser ainda pior. Eles (imprensa argentina) simplesmente ignoraram tudo o que eles fizeram, que é inacreditável. Peço a ajuda de vocês (jornalistas), nós não queremos fazer apologia à violência, muito pelo contrário, queremos que esse fato fique par ser julgado pelos órgãos competentes. Mas publicamente, nós que estamos em um país que somos julgados e julgadores, que não deixemos de dar o devido destaque para os episódios lamentáveis que ocorreram ontem, onde o Galo foi vítima dentro do seu estádio, dentro da sua cidade e dos seus domínios. A nossa única ação foi nos defendermos, dentro do nosso domínio, mais nada. Não tem imagem de ninguém empurrando atleta, absolutamente nada. E parece se deixar para narrativa da imprensa argentina, parece que o Galo é que foi o agressor e que o Mineirão não é um estádio de Copa do Mundo e de final Libertadores.

O Atlético agora muda o foco e já começa a preparação para enfrentar o Bahia, também no Mineirão, no domingo (25), 11h, pelo Campeonato Brasileiro.

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