Fluminense

Roger explica mudança de esquema, exalta classificação e mira Libertadores

Foto: Mailson Santana/FFC

No último teste antes da estreia na Libertadores, o Fluminense venceu o Botafogo por 1 a 0, neste sábado, no Maracanã, pela 10ª rodada da Taça Guanabara. Com a vitória no ‘Clássico Vovô’, o Tricolor garantiu a classificação antecipada para a semifinal do Campeonato Carioca e poderá focar na competição continental. O técnico Roger Machado, que promoveu uma mudança tática na equipe, explicou a alteração e valorizou a vaga com uma partida de antecedência.

– A motivação de entrar com sistema diferente passa pela estratégia do jogo. Acreditava que poderia levar vantagem e me defender melhor do estilo de jogo do Botafogo. Coletivamente fomos muito bem, pecamos em alguns aspectos muito semelhantes ao jogo anterior, no refinamento da jogada no terço final, numa tentativa de escolher uma última jogada diferente ao invés de terminar a jogada. Mas vencemos uma partida que tivemos equilíbrio grande e que nos deu tranquilidade de focar somente na Libertadores – avaliou o treinador.

Com a vitória sobre o Botafogo, o Fluminense chegou aos 19 pontos e garantiu uma vaga na semifinal do Campeonato Carioca. Na última rodada da Taça Guanabara, o Tricolor enfrenta o Madureira, dia 25. O duelo acontece entre os jogos contra o River Plate-ARG, no Maracanã, e Santa Fé-COL, na Colômbia. Com isso, Roger Machado terá uma semana para focar nos primeiros compromissos da Libertadores.

– A partir de agora temos todas as atenções voltadas para a Libertadores. Por classificar antecipadamente no Carioca, podemos projetar com mais tranquilidade o último jogo, podendo usar jogadores diferentes, se for o caso. Por isso era muito importante o jogo de hoje. Não gostaríamos de deixar para depois da estreia da Libertadores o jogo decisivo que nos daria a possibilidade de classificar. Até agora fomos o time que mais usou jogadores no estadual e o nível não caiu. Pelo contrário, subiu e se manteve. Importante olhar por esse aspecto – disse..

Após oito anos, o Fluminense retorna à Libertadores. O Tricolor estreia contra o River Plate-ARG, na próxima quinta-feira, às 19h (de Brasília), no Maracanã. O técnico Roger Machado elogiou o trabalho do treinador Marcelo Gallardo e fez uma breve análise do que poderá encontrar pela frente.

– O River tem o mesmo técnico há quase cinco anos, com modelo muito clássico de jogar. Com médios no meio de campo, com meia de articulação na cabeça desses médios, com dois atacantes na frente. É um time que propõe o jogo com amplitude dos laterais buscando desequilíbrio. Quase que os laterais não participam da jogada de articulação, protegendo o time das transições com três jogadores de forte pegada no pós-perda da bola. Claro que agora olhamos com detalhamento, mas o segredo e o sucesso do River é a continuidade e a qualidade em modelo bem desenvolvido há muito tempo – destacou.

Confira outros trechos da coletiva:

Estreias de Cazares e Samuel Xavier

– Nos treinamentos temos a possibilidade de poder trabalhar outros sistemas, pontualmente, para determinadas circunstâncias de cada jogo. Hoje foi oportunidade de ver o Cazares, mas sobretudo o Samuel Xavier, que eu só tinha conhecimento de jogar contra muitas vezes. Mas estar com ele você vê as características mais detalhadas. Mas o Cazares eu já trabalhei, sei onde posso utilizá-lo. Por trás do centroavante ou no tripé no decorrer do jogo ou posso usar pelo lado como acabou a partida.

Abel Hernández, Raúl Bobadilla e Manoel

– Abel Hernández, Bobadilla, que são dois de ataque, o Abel é mais centralizado, mas também fez lado. O Bobadilla é um jogador que joga dentro e pelos lados com força e velocidade, podendo me dar até mesmo a possibilidade de jogar com dois atacantes na frente, por ser jogador de mais mobilidade e velocidade, um jogador que busca espaço nas costas da defesa. A vinda do Manoel nos abre leque de possibilidades, em função dos adversários hoje abrirem muito as amplitudes, ora com os laterais, ora com os pontas pisando na linha. Poder abrir linha com cinco jogadores, tanto com Manoel quanto com Luccas, que são zagueiros que têm destreza para jogar mais fora da área se for necessário sair na caça de jogador que flutue no setor. Então eles me dão muita alternativa.

Utilização dos jovens com a chegada dos reforços

– Eles vão se adaptando de acordo com as funções do jogo. Os jovens são muito importantes. A gente já demonstrou isso na utilização deles, só que também nós éramos cobrados porque se entendia que os jovens talvez não segurassem uma Libertadores com muito peso. Então a gente vai no mercado buscar jogadores com mais experiência e com características e capacidade de, além de nos ajudar em campo, ajudar no desenvolvimento e capacidade desses jogadores. O jovem precisa desse cara mais experiente para que consiga desenvolver bem. A gente não quer abrir mão dos jogadores que até agora nos trouxeram até aqui. Queremos que continuem contribuindo com a gente, estando no campo, entrando cinco minutos como entrou Kennedy hoje, ou Luiz Henrique, que por opção minha hoje não esteve em campo. O jovem sabe, o processo é esse, ora se anda alguns passos à frente, ora se retrocede um pouco para que a gente possa fazer esse debut de forma definitiva, que possam ser lançados e não mais voltar, digamos, para o anonimato ou segunda condição que não seria bom nem para ele e nem para o clube. Queremos que eles se revelem para o Brasil e para o mundo de forma bastante contundente e cada um no seu tempo.

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