Depois de protagonizar uma das cenas mais impactantes da Fórmula 1 moderna, o francês Romain Grosjean vai se despedir da categoria, onde atuou por uma década, em grande estilo: em casa, testará a Mercedes campeã de 2019.
A oportunidade, confirmada pela equipe, é uma promessa de Toto Wolff quando o ex-piloto da Haas ainda se recuperava do grave acidente sofrido no GP do Bahrein em 2020. Grosjean escapou da morte, mas os ferimentos na mão o impediram de completar a temporada. Já o contrato com a equipe americana terminaria no fim do ano.
Dessa forma, o teste em Paul Ricard, no próximo dia 29 de junho, será sua última vez pilotando um carro de F1. Antes, vai poder experimentar o carro em algumas voltas de demonstração, às vésperas do GP da França, que acontece no dia 27.
Grosjean esteve na fábrica da Mercedes, em Brackley, nesta semana para realizar os ajustes de acento e de cockpit:
— Sou muito grato à Mercedes e a Toto Wolff pela oportunidade. Na primeira vez que ouvi falar sobre a possibilidade de guiar a Mercedes, eu estava na cama do hospital no Bahrein enquanto Toto falava com a imprensa e fez o convite. A notícia me animou muito – lembrou Grosjean. “A F1 não teve a chance de correr na França durante 2020 por causa da Covid, então guiar a Mercedes no GP da França de 2021 e aí completar um teste em Paul Ricard, minha pista de casa, será muito especial. Mal posso esperar por esse dia”, completou.
Na atual temporada, Grosjean está na Fórmula Indy, pilotando pela Dale Coyne nos circuitos mistos. É a mesma equipe de Pietro Fittipaldi, que assume o carro nos circuitos ovais.
HOMENAGEM
Totto Wolff quer aproveitar o evento para realizar uma homenagem ao piloto, depois de tantos anos dedicados à categoria. “Conheço Romain desde os tempos que ele corria na Fórmula 3, quando ganhou o campeonato. Ele teve uma longa e bem sucedida carreira na F1 e queríamos ter certeza de que a última lembrança dele fosse de um carro campeão. Estou empolgado em ver o feedback do Romain do W10”, afirmou.
— O acidente de Romain nos lembra dos perigos que esses caras enfrentam cada vez que entram no cockpit, mas também é um testamento dos incríveis passos que este esporte deu para melhorar a segurança ao longo dos anos. Sei que a comunidade da Fórmula 1 vai celebrar vê-lo de volta à pista”, encerrou.
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