O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, em entrevista ao canal de televisão a cabo ESPN, na noite deste sábado (7), falou sobre como encontrou o clube quando assumiu o cargo na presidência. Citando antigos dirigentes e antigos presidentes, Wagner Pires de Sá e Gilvan de Pinho Tavares, o atual mandatário celeste soltou o verbo ao falar da situação atual da Raposa.
– A cara de pau de como as coisas foram feitas aqui. Foi um misto de incompetência com desonestidade, já reconhecidos pela polícia civil e Mineitério Público de Minas Gerais, jamais visto na história do futebol brasileiro e talvez mundial. Tinha o filho do presidente remunerado como assessor, ganhando R$ 20 mil, o cunhado do ex-presidente ganhando R$ 30 mil como assessor. Era um cabide de assessorias que ganhavam mais que um juiz de Direito. Então um negócio absurdo.
Sérgio fala que as gestões anteriores faziam tudo escondido e não esperavam que seriam descobertos. Além disso, fez questão de ressaltar que nenhum dos antigos dirigentes pisam na sede do clube ou na Toca da Raposa, seja I ou II.
– (Eles) Faziam na certeza de que nada disso seria descoberto um dia, o próprio caso que já foi relatado pela polícia civil de pagamento de intermediário, criando operações fantasiosas, para depois pagar dívidas pessoais. É um roteiro de um filme de tragédia.
O mandatário celeste recebeu críticas por maus resultados dentro de campo, pois o Cruzeiro ficou na zona de rebaixamento por seis rodadas seguidas, enquanto o presidente gostava de exibir suas lives através do canal do YouTube do clube.
– Quando se ganha título está tudo certo. Eu estou sentindo isso na pele hoje, porque às vezes a gente se sacrifica para fazer contratações para poder ganhar da forma correta. E se não está ganhando, todo mundo fala que sua gestão é ruim.
Sérgio Santos Rodrigues assumiu a presidência do Cruzeiro em 21 de maio deste ano e foi reeleito em 7 de outubro de 2020, com chapa única. O mandatário estará no cargo pelos próximos três anos – 2021, 2022 e 2023. Lidson Potsch Magalhães e Biagio Teodoro Peluso, demais componentes da capa vencedora, foram eleitos como primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente.