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Surfe nas Olimpíadas: Entenda como será a disputa da modalidade que estreia em Tóquio

Medina - WSL
Foto: Divulgação/WSL

Com tradição secular no esporte mundial, o surfe foi aprovado, em 2016, pelo Comitê Olímpico Internacional como uma das modalidades olímpicas de estreia nos Jogos de Tóquio, que se inicia oficialmente dia 23 de julho. A modalidade começa no dia 24 de julho e tem previsão de fim no dia 27, mas como o esporte depende das condições climáticas a janela de competições poderá se estender até o dia 1o de agosto. A praia de Tsurigasaki, em Chiba, fica a aproximadamente 60 km da capital japonesa e será palco do primeiro pódio do surfe na história.

É difícil apontar outra nação favorita ao ouro e a prata masculino se não o Brasil. Com os atuais líderes do ranking mundial da World Surf League (WSL) – Gabriel Medina e Italo Ferreira -, o país conta com a ótima regularidade apresentada pelos atletas na Liga Mundial. O estadunidense bicampeão mundial Jonh Jonh Florence vem de uma lesão do joelho que o retirou das últimas três etapas da WSL. Nesse tempo, um dos maiores nomes do surfe atual se dedicou à recuperação para os Jogos Olímpicos e vem forte na briga pelo pódio. Outro atleta que merece atenção é o anfitrião Kanoa Igarashi. O japonês recém naturalizado é promessa de uma boa campanha olímpica e também é candidato de beliscar uma medalha em Tóquio.

+ Novos candidatos: Brasil não terá cinco medalhistas de 2016 em Tóquio

No feminino, o Brasil também tem chances de medalha com Tatiana Weston-Webb no atual quarto lugar do ranking e Silvana Lima, que mesmo que não figure nas primeiras colocações, tem um histórico favorável no tipo de onda surfado em Chiba. Entretanto, o favoritismo ao ouro está com a norte-americana campeã mundial Carissa Moore que subiu ao pódio em todas as seis etapas da WSL deste ano. Caroline Marks (USA), Sally Fitzgibbons (AUS) e Stephanie Gilmore (AUS) também são fortíssimas candidatas à medalha.

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REGRAS E DISTRIBUIÇÃO DE NOTAS

Cada competidor terá 30 minutos para surfar um máximo de 25 ondas. Destas, as duas maiores notas obtidas são somadas para formar a nota final do atleta. Cinco juízes vão avaliar o desempenho dos atletas com base nos critérios de dificuldade, manobras inovadoras, variedade de manobras, combinação das principais manobras e velocidade, potência e fluxo.

A pontuação das manobras não é predefinida, mas os juízes seguem os critérios descritos acima para definir as notas que vão de 0 a 10. Em caso de dois atletas disputarem a mesma onda, o surfista mais perto do ‘pico’ ou aquele que de prioridade mais alta tem direito a surfar

FORMATO DO SURFE EM TÓQUIO

Ao todo, 40 competidores desembarcam na capital japonesa para conquistar a tão sonhada primeira medalha de ouro do surfe na história dos Jogos Olímpicos. São 20 homens e 20 mulheres, mas apenas dois por naipe de cada país podem competir nas Olimpíadas. Caso não houvesse essa determinação, o Brasil poderia levar ao menos sete nomes do Top 20 mundial, entre eles, o atual terceiro colocado do ranking, Felipe Toledo.

O campeonato é dividido em seis fases e cada surfista terá 30 minutos para garantir um bom desempenho. A primeira fase é dividida em cinco baterias de quatro atletas cada. Os dois com maior pontuação avançam direto para a 3a rodada e os dois piores vão para a segunda rodada, a repescagem. Nesta, duas baterias eliminatórias de cinco surfistas cada uma definem os dois vencedores de cada bateria que avançam para a terceira rodada e os três que são eliminados.

A terceira fase inaugura os duelos na competição, tanto no feminino quanto no masculino, com as oitavas de final. Serão 16 atletas por naipe divididos em 8 baterias, depois 8 competidores em 4 baterias e assim por diante até o duelo pela medalha de ouro. Diferente da WSL, o terceiro colocado será definido em uma nova bateria e a medalha de bronze será vencida por apenas um competidor.

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