Futebol Mineiro

Vice-presidente do Villa Nova fala sobre SAF, concessão de estruturas e futuro do clube

Primeiro Campeão Brasileiro da Série B, Villa Nova busca se tornar uma SAF (Foto: Bruno Cantini/Villa Nova)

Leão do Bonfim busca alterar modelo de gestão e ter investidores em meio ao processo de reconstrução

Foto: Bruno Cantini/Villa Nova

O Villa Nova, clube tradicional de Nova Lima (MG), está com os bastidores em todo o vapor para os projetos de médio e longo prazo. Diante de um cenário de reconstrução que vem sendo vivenciado desde o seu segundo rebaixamento no estadual em 2020, a atual gestão do Leão do Bonfim vem se movimentando nos bastidores para focar no futuro.

O movimento mais recente ocorreu em uma articulação entre a instituição e os órgãos políticos de Nova Lima. Proposto pelo prefeito João Marcelo (Cidadania), e aprovado por unanimidade pela câmara municipal, o Villa Nova conseguiu a concessão do Estádio Municipal Castor Cifuentes, e do CT Municipal Anísio Clemente, pelos próximos 30 anos. A lei já foi sancionada pela Prefeitura.

A questão de se tornar uma concessionária, de ambas as estruturas, foi um movimento para impulsionar a construção da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), algo que vem sendo o foco da atual diretoria villa-novense desde o começo do primeiro mandato em 2021, composto pelo presidente Bruno Sarti, e os vice-presidentes Cláudio Horta e Tiago Tito. O VP Financeiro falou mais sobre a movimentação aprovada recentemente.

– Desde 2021, abrimos várias frentes e ações para salvar o Villa Nova. A concessão do CT e do Estádio Municipal, representa o resultado de esforços e diálogo entre a Prefeitura de Nova Lima, Câmara, Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo, gerando valor ao clube, bem como garantindo segurança jurídica ao futuro investidor [da SAF]. (…) A vitória conquistada trará também uma nova possibilidade de conciliar o futebol profissional com a retomada das categorias de base, projetos sociais, e demais ações de interesse da comunidade. – disse Cláudio Horta

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Nos bastidores, o Villa Nova também já trabalha com algumas adaptações importantes, justamente focando na possível SAF que estaria por vir. Além do futebol profissional, ajustes estão sendo feitos nas estruturas de comunicação e marketing, licenciamentos de produtos e a busca de novos patrocinadores. A instituição, que carrega 115 anos de história, ainda busca fidelizar e credibilizar sua marca pela cidade de Nova Lima, mas, principalmente, aos torcedores fiéis.

Em meio ao processo de migração para clube-empresa, o Leão do Bonfim ainda foca em se blindar em alguns setores, das áreas cível, empresarial, contábil e financeira. Hoje, três escritórios de advocacia estão à frente deste processo. O objetivo é ter organização para quitação das dívidas trabalhistas e outros tipos de pendência, a captação de receitas para os cofres e atrair potenciais investidores para a venda do novo modelo de gestão.

– Não poderia ser diferente para buscar novos caminhos sustentáveis para o clube. Será uma longa trajetória a ser percorrida, por meio de muito diálogo, busca de ideias, trocas de informações, envolvendo possíveis investidores e, principalmente, a Prefeitura Municipal e os poderes locais, que serão necessários para modelar todo o projeto. – complementou Cláudio

Em 2024, a equipe terá o Campeonato Mineiro no início do ano, e o Brasileirão Série D para disputar em seu calendário. Há uma grande possibilidade do Leão do Bonfim se classificar para a Copa do Brasil, caso o Atlético-MG vá para a Copa Libertadores. O Villa poderá voltar a disputar o maior mata-mata do país depois de nove anos.

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