Essa semana é extremamente especial na história do América-MG. Um dos clubes mais tradicionais de Minas Gerais completa 109 anos de fundação no próximo dia 30. O Alviverde, único Deca Campeão do estado e primeiro do Brasil têm uma das histórias mais ricas do futebol nacional. Resistência, posicionamento e formação de atletas são bandeiras do time. Neste ano de 2021, uma das campanhas mais destacáveis da história do Coelho completa 50 anos. O título invicto do Campeonato Mineiro de 1971.
Aquela campanha espetacular possui diversos aspectos interessantes. Desde o apelido “Abacate Atômico” que o Coelho ganhou em referência ao uniforme verde e preto que passou a ser utilizado em 1970, até o desempenho absurdo do craque Jair Bala, um ídolo histórico.
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O ANO DE OURO DO FUTEBOL MINEIRO
Para muitos, o ano de 1971 é considerado o melhor ano futebolisticamente do futebol de Minas Gerais. Tudo isso porquê o Coelho venceu o Mineiro invicto enquanto o Atlético levou o brasileirão e o Vila Nova teve êxito na Taça de Prata, que seria a Série B da época. Esse sucesso esportivo ainda contava com um dos escretes mais espetaculares do Cruzeiro na história, que teve a sequência de quatro títulos estaduais exatamente interrompida pelo “Esquadrão Invencível”. Contudo, poucos anos na história do futebol de Minas tiveram tantos times no topo nacional.
OS GRANDES CRAQUES AMERICANOS
Um outro aspecto extremamente importante daquele título foi a participação de grandes jogadores vestindo a camisa do Deca. Com certeza o maior nome fora Jair Bala, um dos grandes atacantes da época no Brasil. Reza a lenda que ele marcou cinco (5!) gols de bicicleta durante a competição, inclusive sendo um no último jogo contra o Uberlândia. Mas além de Jair, também jogavam Pedro Omar, Amaury Horta, Dario Alegria e Dirceu Alves, outros notáveis atletas, que contribuíram e muito para a glória.
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O CAMPEONATO
A fórmula de disputa da época era de pontos corridos, o que torna o feito do Coelho ainda maior. Foram ao todo 22 jogos sem derrota, mas mesmo assim, a definição ficou apenas para a última rodada. As campanhas de Cruzeiro e América eram parecidas e a Raposa levava vantagem, para o título vir para o lado verde de BH, o Atlético tinha que vencer o clássico e o Alviverde ganhar. Pela primeira e talvez única vez na história, o tão truncado clássico das multidões gerou a união entre Galo e Coelho para evitar o título azul.
E o time comandado por Telê Santana conseguiu parar os palestrinos. O Atlético venceu por 2 a 1 enquanto o América fez sua parte batendo o Uberlândia por 3 a 2.
PRIMEIRO TÍTULO NO MINEIRÃO
Um dos maiores estádios brasileiros viu a comemoração americana pela primeira vez logo nessa campanha espetacular. Inaugurado em 65, o Estádio Governador Magalhães Pinto ainda não havia presenciado uma conquista do América. Com a grande exibição de Jair Bala e seus Bluecaps, o gigante gramado presenciou a história sendo escrita.
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ROMARIA PARA COMEMORAR
Depois de conseguir alcançar a glória máxima, os jogadores do América ao invés de caírem na gandaia, realizaram uma romaria até à Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, que carrega o nome da padroeira oficial do clube. O agradecimento veio após as duras chagas sofridas pelo clube no final da década de 50, os quatro vices seguidos, que ficaram para sempre marcados no coração americano. Os atletas daquela campanha puderam lavar a alma.
Amanhã, na data de aniversário do clube, mais uma matéria desse título histórico será lançada em comemoração do aniversário do Coelho.
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