A eliminação precoce na Copa do Brasil pode provocar um baque significativo nas contas da Ponte Preta no decorrer da temporada.
Com derrota nos pênaltis diante do Criciúma, na última quinta-feira, Macaca desperdiçou possibilidade de embolsar R$ 1,7 milhões e, de quebra, deu adeus logo na segunda fase do torneio mais rentável do país.
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“É óbvio que, quando nós fazemos um planejamento, a gente fez uma previsão de quantas casas aqui ou quantas jardas nós iríamos avançar dentro da Copa do Brasil. A desclassificação frustra uma expectativa. Não que isso acende aqui para nós sinais de alerta, mas ela joga para o próprio elenco nosso outras responsabilidades. Nós já temos o compromisso, que a nossa prioridade é o acesso. Então o nosso planejamento, tanto dentro de campo, com a performance dos jogadores, mas também olhando o resultado financeiro da Copa do Brasil, frustrou não só a diretoria”, lamentou o presidente Sebastião Arcanjo.
“Frustrou a comissão técnica, mas, sobretudo, frustrou também a expectativa dos nossos próprios torcedores. Isso não significa que está tudo errado. Significa que nós precisamos revisitar, sobretudo do ponto de vista das decisões que nós estamos tomando, para que a gente possa alcançar os nossos objetivos que ainda estão abertos no ano de 2021. A Ponte Preta entende que tem um que é elenco competitivo”, emendou.
EXEMPLO
A briga pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro até a penúltima rodada serve de exemplo para deixar o mandatário da Ponte Preta satisfeito com o plantel organizado para atual temporada.
“É um elenco que faltou pouco para que nós pudéssemos alcançar o acesso no campeonato passado. Então nós ficamos ali brigando até as últimas rodadas e nós fizemos algo também, que não sei se é inédito, mas o esforço que foi feito é de manter uma espinha dorsal no elenco de 2020 para que nós pudéssemos fazer constatações pontuais. O histórico da Ponte Preta é de desmanchar time. A cada temporada, você desmancha o time, manda todo mundo embora, ninguém presta… se essa fórmula desse resultado, é possível que nós não nos encontrássemos na situação que nos encontramos hoje, tanto do ponto de vista das competições quanto do financeiro”, enfatizou.
“Essa fórmula de que ‘está tudo errado, manda todo mundo embora a qualquer momento’, na verdade, trouxe mais problemas para o clube, sobretudo do ponto de vista financeiro, sob ponto de dívidas trabalhistas, sob ponto de vista da relação da Ponte Preta com os atletas. Isso gera um risco para quem está fazendo contrato e negócio com a Ponte Preta. Então as pessoas começam a precificar isso. Ah, com dois resultados adversos manda todo mundo embora, porque a pressão da torcida vem para cima da diretoria e vai buscar culpados. Essa fórmula foi, do ponto de vista de campo e do ponto de vista financeiro, ela não deu resultados”, prosseguiu.
“Pelo contrário. Ela só foi comprometendo, ao longo dos anos, a própria situação financeira e a sustentabilidade do clube. A ideia e a história vão dizer se esse vai ser o melhor caminho para Ponte Preta seguir. Agora eu estou convencido que, se a gente ficar olhando para os procedimentos passados, digo que eles também não alcançaram os seus objetivos. Então é hora de rever. O que nós estamos pensando aqui é em rever. Nós fazemos isso com convicção, mas sobretudo considerando que é possível cometer erros. Se nós cometermos alguns erros nesse processo, nós temos que estar abertos a críticas e fazer ajustes, porque não somos os donos da verdade”, arrematou.
FRUSTRANTE
Tiãozinho ainda deu sequência à queda no mata-mata para tentar justificar o desempenho da Ponte Preta no interior catarinense.
“Em relação à eliminação da competição da Copa do Brasil, nós não estamos felizes com a eliminação. Muito pelo contrário. Isso causou e vai causar um impacto importante nas finanças do clube, mas nós temos que levantar a cabeça. É olhar para a frente e verificar o que ocorreu durante esse período. Eu diria que tem dois fatores que podem não ser usados como justificativa, mas olhando o desempenho de outros clubes que voltaram à atividade depois dessa parada do Campeonato Paulista…”, falou.
“Eu acho que a parada e o surto de Covid acabaram, de certa maneira, impactando no desempenho da nossa equipe. Nós saímos daqui de Campinas com muita confiança na vitória e de avançar na competição. Fomos eliminados nas cobranças de pênalti. Também não tem essa história que pênalti é loteria. Nós tínhamos que ter jogado para ganhar nos 90 minutos. Então nós ficamos muito frustrados com esse desempenho”, adicionou.
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