Em entrevista para a TV Palmeiras Plus, liberada pelo clube nesta quinta-feira (13), o ex-goleiro e ídolo palmeirense, Fernando Prass, revelou detalhes da sua então inesperada vinda ao clube no final de 2012. A equipe havia acabado de ser rebaixada para a Série B e o goleiro, que vivia grande momento no Vasco da Gama, contou que uma negociação do então goleiro do Palmeiras, Deola, acabou o ajudando a assinar com o Verdão.
Em dezembro de 2012, a diretoria do clube preparava a montagem do elenco para um ano difícil: jogar a segunda divisão do brasileirão. Além disso, a situação financeira já estava muito complicada. Naquele momento, um goleiro de alto nível seria fundamental, já que Bruno, após grandes atuações na conquista da Copa do Brasil, vinha sendo muito questionado pela torcida.
Prass contou que tinha recebido propostas do Vitória, Grêmio, Coritiba e Athletico Paranaense. Um empresário ligado ao Vitória disse que estava esperando a resolução da situação do goleiro Deola, que estava emprestado pelo Palmeiras ao Vitória até o final daquele ano. O clube queria a renovação do seu empréstimo e, caso não ocorresse, ele seria a alternativa.
“Esse empresário ligou para o Palmeiras e perguntou ‘estou querendo saber se vocês vão reemprestar o Deola, porque eu to com uma cessão de um goleiro pra lá, e estou dependendo da situação dele.'” Naquele instante, o ídolo contou que a pessoa ligada ao Palmeiras perguntou quem era esse goleiro, e a resposta foi “é o Prass”. Imediatamente, o lado palmeirense disse: “Faz o seguinte então: traz o Prass pra cá, e nós emprestamos o Deola pro Vitória de volta.”
Aí, veio a negociação com o Alviverde, e o goleiro ficou apalavrado com o clube, aguardando apenas a obtenção de uma liminar para que pudesse deixar o Vasco. César Sampaio, então gerente de futebol do Palmeiras, estava na linha de frente disso. Entretanto, surgiu uma ligação vinda do Rio Grande do Sul, estado natal do arqueiro.
Um diretor do Grêmio tentou convencê-lo a ir para o Grêmio, até por saber que seu pai era gremista. O Tricolor Gaúcho havia acabado de inaugurar a Arena, mas o jogador reiterou que já estava apalavrado com o Verdão e, mesmo com o diretor tendo oferecido a possibilidade de negociar com o Palmeiras uma troca por alguns jogadores, Prass não quis se meter nesse meio, e assinou com o Verdão logo na sequência.
Ele foi muito claro sobre a escolha: “Eu tinha mais de 250 jogos pelo Vasco, fui campeão da Copa do Brasil lá, era capitão, time na série A. Muita gente achou estranho essa troca, mas foi uma leitura minha, eu fiz uma leitura dos meus motivos particulares e achei que seria uma boa oportunidade vir para o Palmeiras.”
E o casamento deu muito certo. Pelo Palestra, Fernando Prass viveu todas as emoções possíveis: subiu com a equipe de volta para primeira divisão, depois viveu o terror do quase rebaixamento de 2014, e a partir do ano seguinte vivenciou glórias no clube. A principal delas foi a redenção do time no cenário nacional com a conquista da Copa do Brasil de 2015 contra o Santos. Nela, Prass foi fundamental, com grandes defesas na campanha, e ainda sendo o responsável por converter o pênalti que deu o título para os cerca de 40 mil presentes naquela noite no Allianz Parque. No total, foram 274 jogos, rendendo a ele, inclusive, um espaço no hall de craques do clube no site oficial.
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