Após a derrota para os Estados Unidos em um dia que a atuação de todo o elenco da Seleção Brasileira foi muito questionada, a vitória em sets diretos em cima do Japão na Liga das Nações (VNL) caiu como uma luva para José Roberto Guimarães e companhia. As críticas, válidas e que não são de hoje, de alguma maneira podem ter invadido os pensamentos do técnico bicampeão olímpico em Pequim 2008 e em Londres 2012.
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ESCALAÇÃO IDEAL
Com Gabi e Fê Garay nas pontas, Carol e Gattaz como dupla de centrais, Macris e Tandara entrosadas e Camila Brait varrendo o fundo de quadra, Zé Roberto pode ter encontrado a solução para diversos problemas. Além do sexteto titular no jogo contra a Seleção Japonesa, a comissão técnica do Brasil tem à disposição peças de ouro que algumas nações não têm sequer no time principal. Ainda sem Natália, que sofreu fratura no dedo e segue em recuperação, a base do time para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 está montada.
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CLUBE X SELEÇÃO
Se durante a Superliga, a Carol Gattaz foi questionada no fundamento de bloqueio, os voleifãs não precisam mais se preocupar, porque a central mostrou, na bola, que idade é um número e que ela ainda tem chances reais de ser titular no Japão. Xará de Gattaz, Carol manteve a eficácia no paredão, só que ao invés de brilhar com a camisa do Praia Clube, “Carolana” fechou a rede com o amarelo da Seleção.
GARAY, GABI E NATÁLIA
Não pode ser diferente. Dos nomes que completarão o quarteto de ponteiras em Tóquio, a certeza é que Fernanda Garay, Gabriela Guimarães e Natália Zílio estarão entre eles. Antes da VNL, as ex-minastenistas Gabi e Natália eram dadas como titulares na Seleção, mas, apesar disto, todos sabiam da importância de Fê Garay dentro e fora de quadra. A vice-campeã da Superliga 2020/2021 foi destaque em todos as partidas da VNL até aqui, com exceção do jogo contra as estadunidenses, o qual nenhuma brasileira foi bem. Hoje, Garay é, sem dúvidas, quem mais veste e representa a camisa do Brasil. A certeza já não existe mais, ou melhor, mudou de lado.
INVERSÃO 5×1
A dupla Macris e Tandara é questão de ritmo e entrosamento. Habilidade e técnica não faltam para as atletas, porém, alguns detalhes precisam ser ajustados até as Olimpíadas, foco principal da Seleção Brasileira. No duelo com os Estados Unidos, a oposta teve dificuldade de confirmar os ataques, enquanto a levantadora sofreu na defesa e na distribuição. Diante das japonesas, o combo Fada Vegana e Pitbull Osasquense funcionou brilhantemente. Roberta e Rosamaria, por outro lado, não deixaram a desejar e mantiveram o padrão quando solicitadas na inversão de 5×1.
Antes de um resultado, a atuação. Um jogo não pode definir elenco, seja uma derrota ou uma vitória. Entretanto, a coletividade, a raça e o entrosamento empolgaram e, sobretudo, recuperaram a confiança dos torcedores brasileiros.