Na noite da última quarta-feira (16), o Santos empatou com a Ferroviária em 3 a 3 em um jogo muito movimentado. Em campo, o Peixe foi mais envolvente e organizado no ataque, mas na defesa, seguiu com os mesmos defeitos e falhas.
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O que tanto Fabián Bustos pedia desde sua chegada finalmente foi visto em campo: intensidade. Desde o início, o Alvinegro atacou e criou boas jogadas. Tanto que marcou dois gols que não valeram. Já o que foi validado, expôs as qualidades do time. Camacho avançou da linha que estava (mais próximo dos zagueiros), passou para Marcos Leonardo que, de calcanhar, encontrou Lucas Braga na área.
Tudo muito lindo, mas cinco minutos depois ela, sempre ela, a bola aérea, complicou tudo. Após um cruzamento feito na esquerda, João Paulo ficou no olhar e Lucas Pires não conseguiu impedir que Hygor, em suas costas, fizesse o primeiro da Ferroviária. O segundo, mais bagunçado, veio quando Thomaz aproveitou sobra da defesa e acertou um chute rasteiro, de fora da área, no canto direito, que o goleiro do Alvinegro também não conseguiu pegar.
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O empate, novamente, veio em uma jogada muito bem trabalhada. Lucas Braga cruzou para Lucas Barbosa, que passou para Marcos Leonardo deixar tudo igual na Fonte Luminosa. Assim, os jogadores puderam ir para o vestiário com mais calma.
De volta, o jogo ficou mais ameno durante 40 minutos. O Santos teve chances com Goulart, que chutou por cima do gol, e os donos da casa nas bolas aéreas. Mas a ação mesmo aconteceu nos acréscimos. Kaiky, que não tem sido aquele que nos acostumamos a ver, maduro, calmo e frio, bateu a mão na bola dentro da área. Na cobrança do pênalti, Mezenga deslocou João Paulo e recolocou os mandantes na frente.
Como uma ironia do destino, o mesmo tipo de jogada que empatou o jogo para a Ferroviária no início de jogo, igualou para o Peixe aos 48 do segundo tempo. Sandry cobrou escanteio na esquerda, Léo Baptistão aproveitou a sobra fechou a conta 3 a 3.
No ataque, tudo lindo e em evolução. Intensidade, velocidade, boas trocas de passes. Na defesa, porém, os mesmos defeitos de sempre. Mas para enfrentar o Água Santa em jogo decisivo no final de semana, já é um alívio.
– O lado defensivo não passa apenas pela defesa, mas sim por um trabalho coletivo, sobre como jogo o rival, o Mezenga muito bem a frente, habilitando seus pontas. Trabalhamos isso e não fizemos bem, porque demos a chance deles empatarem e passarem a frente. São coisas que temos que melhorar. Hoje notamos muito, porque fizeram três gols, mas estamos tentando trabalhar isso. Seguramente com mais trabalho e mais dias melhoraremos. Ofensivamente fomos mais soltos, com mais variações e criamos mais situações de gol – analisou o próprio treinador da equipe, Fabián Bustos, em entrevista coletiva.