A semana do torcedor do América-MG foi a definição da expressão “entre altos e baixos”. No começo, a euforia pela vitória gigante contra o Santos em casa. Na quarta, a tristeza que veio após a dura derrota para o Fortaleza fora de casa. O 4 a 0 foi visto por muita gente como um anticlímax do momento bom que o time vivia. Portanto, fica a pergunta, qual América-MG que chega para enfrentar o Atlético-MG no clássico das multidões deste sábado(10)?
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O INTENSO E VERTICAL DAS VITÓRIAS?
O América com Mancini apresentou uma clara mudança de proposta. Deixou de ser uma equipe que propunha o jogo para especular no contra-ataque. Com essa nova estratégia, passou a ter menos posse de bola, mas finalizou mais que os adversários. Apostando na presença física de Ribamar, o jogo era reativo, mas não direto. A maneira da equipe jogar e atacar contra Bahia e Santos foi trocar passes após a recuperação da bola, com muita velocidade e objetividade.
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Além disso, as bolas paradas orquestradas por Juninho Valoura agrediam demais. Quase toda cobrança de escanteio ou falta encontrava uma cabeça americana para cabecear. Foi assim que saiu gol contra o Inter e Bahia por exemplo.
O time que engrenou duas vitórias seguidas apresentava uma ideia de jogo clara, mas além disso, era evidente que havia uma mudança de atitude dos jogadores. Muito mais entrega na busca pelo resultado.
Mas já exibia alguns problemas. A defesa que veio a ser o grande ponto positivo na goleada no Ceará já havia falhado. Bauermann e Anderson não foram bem no final da partida contra o Bahia e sofreram contra Inter e Juventude também.
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OU O INSOSSO E DESORGANIZADO DA GOLEADA?
O time de quarta-feira se desmontou após sofrer o primeiro gol no final do primeiro tempo. Muitos erros defensivos se acumularam, principalmente em jogadas vindas das laterais, com cruzamentos passando pela dupla de zaga sem ser cortado, um problema que já gritava desde o Mineiro.
Mas além dos erros individuais, a equipe que perdeu para o Fortaleza também se apresentou muito desorganizada, principalmente na segunda etapa. Falta de ligação no contra-ataque e pouca intensidade na marcação marcaram o confronto.
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Para enfrentar o Atlético, a força da marcação e a atenção terá que ser até maior que as do time das vitórias. Isso porquê o rival é extremamente recheado de bons jogadores, que se tiverem espaço para criar as jogadas, apresentarão muitas dificuldades para o Coelho.
A verdade é que Mancini teve pouquíssimo tempo para treinar o time, e cobrar dele uma constância linear é até injusto. Porém, para buscar a permanência e os pontos necessários, precisa equilibrar o rendimento.