Desde que chegou ao América-MG, Vagner Mancini tratou, de forma instantânea, alterar a filosofia de jogo para aquela que o mesmo acreditava para a sequência do Coelho na temporada. De certa forma, a ação teve efetividade: nos primeiros quatro jogos, empatou dois e venceu outros dois. Porém, desde então, foram cinco partidas sem vencer, totalizando, em todo seu trabalho, 13 gols sofridos e apenas 10 marcados.
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Ainda assim, alguns momentos, até então, foram essenciais para analisar o contexto atual da equipe de Mancini. Quando o treinador assumiu o Coelho e posteriormente estreou, já era possível acompanhar um América diferente daquele que atuou com Lisca. Em tese, o atual comandante preza intensivamente pela objetividade com a bola; logo, é constatável que o time passou a ser bastante reativo. Antes, o estilo de jogo definido era também ideologicamente visível: com a posse, a equipe do ex-técnico procurava, incessantemente mandar nas ações da partida.
Contudo, os empates contra Juventude e Internacional, ambos em casa e com o mesmo placar final (1 a 1), foram significativos para indicar uma mudança brusca, porém necessária. Em sua história, o América nunca conseguiu a permanência na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e, entoando a pauta, Mancini justificou sua escolha de assumir o alviverde belorizontino e atrelou ao futuro do Coelho em campo.
De fato, a modificação concebida pelo treinador apresentou resultados positivos e necessários para aquele momento do clube, que ainda não havia vencido na competição. A ‘mudança brusca’ significava, tecnicamente, aguardar o adversário e contra atacá-lo de forma eficaz e objetiva. As vitórias vieram diante de Bahia e Santos. Em Salvador, o América venceu por 4 a 3; em Belo Horizonte, na Arena Independência, o triunfo por 2 a 0 foi consistente e promissor.
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Entretanto, as apresentações animadores se interromperam. O primeiro revés veio no Nordeste, quando os mineiros foram batidos pelos cearenses por 4 a 0. Posteriormente, a derrota para o rival Atlético-MG, por 1 a 0, jogando em seus domínios, define sucintamente as atuações americanas até aqui: interessantes, consoladoras e ineficazes. Em seu próximo compromisso, o América perderia novamente. Contra o Sport, em casa, o gol do adversário saiu próximo do fim da partida. Nesse momento, a equipe americana entraria para a zona de rebaixamento.
De forma gradual, ‘a cara’ do América ganhou corpo com a proposta de Vagner Mancini. Contra Grêmio e Atlético-GO, o time demonstrou, mais uma vez, melhora considerável em seu desempenho. Mesmo assim, inoperante para conquistar os três pontos. A expectativa é que o caminho das vitórias seja retomado diante do Fluminense, no próximo domingo (08), às 16h, na Arena Independência. O Coelho ocupa, atualmente, a 18ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro, com 11 pontos somados.
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