O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio segue a busca por alternativas seguras para permitir espectadores nas arenas esportivas. De acordo com o jornal japonês Sankei, o debate mais recente é liberar 50% da capacidade de público. Para o Estádio Olímpico de Tóquio e outros locais mais amplos, estuda-se impor um limite de 20 mil pessoas, ainda que esse número não represente a metade da lotação total.
A ideia será debatida e votada até o final do mês, junto com uma possível proibição de estrangeiros durante as Olimpíadas. Barrar a entrada de pessoas de outros países poderia conter a transmissão de variantes, evitando novos surtos. Os Jogos Olímpicos já foram, de maneira inédita, adiados em 2020. Limitar a presença a 50% da capacidade de público seria um cenário alternativo à outra proposta, que é vetar todos os espectadores.
Os casos de coronavírus no Japão sofreram um pico no mês de janeiro, chegando a mais de sete mil em um dia. O país totaliza mais de 440 mil casos totais, com 8.566 mortes até hoje, de acordo com a Johns Hopkins University. A vacinação começou há apenas um mês, primeiro com profissionais de saúde e depois com mais de 36 milhões de idosos acima de 65 anos.
POLÍTICA E DIPLOMACIA
A exceção relacionada ao público estrangeiro seriam os Chefes de Estado. Como a política é parte fundamental da história dos Jogos Olímpicos, o jornal “The Mainichi” afirma que cada governante teria direito a uma comitiva de apenas 11 pessoas. Todos precisarão realizar testes de COVID-19 antes da viagem e também ao chegarem em Tóquio.
Para os atletas, nenhuma restrição. A China já firmou acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para disponibilizar doses da vacina visando os esportistas. O COI financiaria a compra, cedendo outras duas doses para cada país.
Questionada sobre a oferta, a Ministra Olímpica japonesa já afirmou que não a aceitará, uma vez que as vacinas chinesas ainda não foram aprovadas e autorizadas pelos órgãos de saúde do país. “Acho que será uma decisão para os países onde as vacinas chinesas foram aprovadas. Não estou ciente se alguma empresa chinesa solicitou a aprovação de vacinas chinesas em nosso país”, explicou Tamayo Marukawa durante coletiva de imprensa.
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