A Williams nos últimos anos foi uma das piores equipes do grid. Sempre disputando as duas últimas posições, a equipe passou 38 GPs, entre 2019 e 2021, sem conquistar um único ponto. Mesmo com boas atuações e classificações nesta temporada, os pontos não chegavam para a equipe, até a corrida na Hungria.
Desde Hungaroring, onde Russell e Latifi conseguiram pontuar, já conquistaram pontos em outras três corridas, de quatro disputadas. Com exceção da Bélgica, marcada por um fim de semana sem oficialmente uma corrida (mas com uma classificação em segundo de George Russell), o britânico terminou entre os dez também em Monza e Sochi.
No Campeonato de Pilotos, Russell está a frente, por exemplo, de seu companheiro, dos dois pilotos da Alfa Romeo, Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, e dos dois pilotos da Haas, Mick Schumacher e Nikita Mazepin.
Apesar de não ser muita coisa devido a fase dessas outras equipes, o britânico está a apenas dois pontos de Yuki Tsuona, estreante da AlphaTauri. Já no Campeonato de Construtores, a distância àqueles a frente aumenta. São 36 pontos atrás da Aston Martin, equipe de Sebastian Vettel e Lance Stroll, comandada pelo pai do canadense, Lawrence Stroll.
Siga o Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook
No entanto, mesmo essa pontuação da Williams não era esperada pelo diretor executivo, Jost Capito. O alemão que assumiu o cargo de Claire Williams, após a saída da família em 2020, revelou que o planejamento era de evolução e preparação para 2022, com a mudanças dos carros da Fórmula 1:
— Foi muito importante colocar os processos no lugar, a maneira de trabalhar, a comunicação, a liderança, como um diretor técnico por exemplo, para deixar a equipe numa posição de operar de um jeito diferente. Especialmente para o ano que vem. Não esperávamos os pontos nesse ano, porque não podíamos ter muito desenvolvimento no carro. Mas vimos que mudanças nos processos, comunicações e as relações de trabalho já nos colocou pra frente, então achamos que estamos no caminho certo para o ano que vem.
Além de um novo carro para 2022, como anunciado pela F1, a Williams terá uma nova dupla de pilotos para a próxima temporada. Com a saída de George Russell para a Mercedes, Latifi terá Alex Albon como novo companheiro. O tailandês retornará à categoria após ser substituído na Red Bull por Sergio Perez. Albon não conseguiu corresponder às expectativas da RBR quando foi parceiro de Max Verstappen, porém um local com menor pressão, como deve ser o caso da Williams no próximo ano, pode favorecer o piloto.
Quando perguntado sobre quando será a chegada de Albon na equipe, Capito disse não estar pressionando a Red Bull para ‘soltá-lo’ logo, mas sim que desejam que o tailandês integre o time o mais rápido possível após o fim da temporada:
— Não acho que será antes do fim da temporada até porque ele ainda tem trabalho com a Red Bull neste ano, então esperamos ter ele com nosso time imediatamente após a última corrida para fazermos as preparações o mais cedo possível. Mas não espero e nem estamos tentando tê-lo antes do fim da temporada.
Para a próxima corrida, na Turquia, a dupla atual da Williams está confiante em um bom desempenho. Latifi disse estar “ansioso para a corrida e esperando que a pista tenha mais aderência do que em 2020”, enquanto Russell demonstrou a confiança na sequência de bons resultados:
— Estou com boas expectativas para a Turquia. Marcamos pontos em quatro das últimas cinco corridas, então vamos para esse fim de semana cheios de confiança e espero que consigamos atingir mais um bom resultado.
A classificação no GP de Istambul começa às 9h do sábado, dia 9. Já a corrida é no domingo, também às 9h. Enquanto a Williams espera diminuir a diferença para a Aston Martin, que também é equipada com o motor Mercedes, Russell segue na sua luta com Tsunoda pelo 14º lugar na tabela de pilotos.