Clube de ‘Antipatia’ Flamengo

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Publicado em 5 de julho de 2020, às 07h52

Foto: Divulgação /Alexandre Vidal

Em 2019, quando começou o projeto vitorioso, o Flamengo fez uma coisa horrorosa para qualquer tipo de trabalho: se tornar um clube antipático. A diretoria rubro-negra, antes de mais nada, assumiu esse papel para todo o Brasil. O líder da Nação, nesse ínterim, soma casos de prepotência, arrogância e soberba.

Do presidente, dos vice-presidentes, passa pelo departamento de futebol e chega à beira do campo no técnico Jorge Jesus. Eles falam coisas sem pensar e como isso pode impactar o próximo. Além disso, fazem descaso de rivais, batem de frente com a TV Globo, peitam a ciência, pressionam governantes e tomam de assalto o Campeonato Carioca.

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Muros da sede do Flamengo, na Gávea, foram pichados após cobrança por transmissão. (Foto: Super Rádio Tupi)

No último sábado, os muros da Gávea, sede do Flamengo, amanheceram pichados após o clube anunciar que vai cobrar R$ 10 ao torcedor para ver a transmissão do jogo contra o Volta Redonda. Entre os ‘recados’, estavam as mensagens ‘fora Landim ganancioso’, em referência a Rodolfo Landim, presidente do clube, e o ‘Flamengo é do povo’.

O Flamengo, que formou um dos times mais vitoriosos da história do futebol sul-americano, vem sendo bem administrado no sentido financeiro. A diretoria, inclusive, está saneando dívidas, costurando acordos, investindo na estrutura e se tornando uma verdadeira máquina de dinheiro. Por outro lado, segue com a sua antipatia e envergonhando a maior torcida do país.

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Sou grande fã do Flamengo de 81 com Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Para mim, foi o time mais brilhante que o futebol brasileiro já viu desde o Santos de Pelé. A genialidade de Cláudio Coutinho, e, posteriormente, a visão de Paulo César Carpegiani tornou o clube multicampeão se consolidar como dono da maior torcida do Brasil.

Depois veio o excelente time de Carlinhos de 87 com Zé Carlos; Jorginho, Leandro, Aldair e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Posteriormente, a galáctica equipe de Jorge Jesus venceu a Copa Libertadores da América com: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luis; Willian Arão, Gerson e Arrascaeta; Éverton Ribeiro, Gabriel Barbosa e Bruno Henrique.

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De antemão, os atuais dirigentes precisam conhecer um pouco mais a história do Flamengo. Além disso, o clube nunca foi de elite. À princípio, a camisa rubro-negra sempre foi a segunda pele dos pobres e dos humildes. As vitórias sempre foram comemoradas com festa na favela. Enfim, meia dúzia de riquinhos usam a paixão da Nação para quebrar recordes e elitizar ainda mais o esporte mais popular do mundo.

O Flamengo quer ser o dono da verdade. Os dirigentes estão prestes a pegar um caminho sem volta. E pela primeira vez estão sozinhos. Afinal, o torcedor rubro-negro de verdade não apoia e nem defende pessoas envergonham a maior instituição esportiva do futebol brasileiro. Parabéns, Rodolfo Landim! Você conseguiu elitizar o maior clube do Brasil. Agora, só os ricos podem ser flamenguistas.

CURTINHAS:

Quando a imagem diz tudo! (Foto: Divulgação /Flamengo)

MENTOR INTELECTUAL: De acordo com o repórter Venê Casagrande, do “Jornal O Dia”, o vice-presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes, foi o responsável por idealizar a cobrança “ingressos” para a partida contra o Volta Redonda. A decisão não foi unânime. Ainda segundo o jornalista, alguns caciques rubro-negros se colocaram contra a ideia.

FALA, LANDIM! “Na hora de pagar R$10 para ver o jogo do Flamengo, as pessoas não querem pagar. Só que não adianta, se ninguém pagar, o Flamengo não tem condição de colocar o time que ele bota em campo”, disse o presidente do Flamengo em entrevista ao canal Fox Sports ao defender a venda de “ingressos” para o jogo contra o Volta Redonda.

MEDIA TRAINING: Rodolfo Landim não foi bem na entrevista ao canal Fox Sports. Ele, inclusive, foi encurralado pelos debatedores. Além disso, deixou claro que o Flamengo não é do povo, e sim de quem tem dinheiro. Na moral? O presidente isolou a bola na Geral!

A SUDERJ INFORMA! O torcedor que está no Brasil poderá assistir ao jogo entre Flamengo e Volta Redonda através da plataforma MyCujoo por R$ 10. O torcedor que está no exterior por US$ 8. Já quem aderiu o sócio-torcedor não paga.

EU CONTO OU VOCÊ CONTA? A galera do futebol feminino, que trabalha para manter viva a modalidade no Brasil, trava uma batalha há anos com a plataforma Mycujoo. O aplicativo não funciona em dias de grandes picos, sai do ar com frequência e trava a transmissão o tempo todo. Boa sorte para quem assinou!

PERGUNTAR NÃO OFENDE: A diretoria vai utilizar a “renda” de Flamengo e Volta Redonda para pagar a indenização das famílias dos Garotos do Ninho?