O treinador Sylvinho concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa da Neo Química Arena após sua primeira partida no comando do Corinthians, que terminou com derrota para o Atlético-GO por 1 a 0 pelo Campeonato Brasileiro.
Na avaliação do treinador, os jogadores corresponderam às expectativas da comissão técnica e fizeram o que foi treinado nessa primeira semana à frente do novo clube.
— A nível de entrega e de estratégia entregaram tudo. Mesmo com pouco tempo entenderam tanto a parte defensiva, construção, bolas paradas, entregaram tudo. Óbvio que no jogo entra a parte técnica que ninguém consegue prever. Foram dez minutos ruins, acertou, melhorou, teve uma chance com o Ramiro, teve outra chance de longe e de repente toma o gol no final do primeiro tempo. Os atletas entregaram absolutamente tudo que nós queríamos, que é a cara do corinthians, a vontade, o desejo, dobrar, até triplicar marcação, entregaram tudo nesse aspecto — destacou o treinador,
Sylvinho afirmou também que seus comandados sentiram o nervosismo da estreia pelo Brasileirão, mas que melhoraram ao longo dos minutos.
— Nosso campo é muito rápido e com a chuva acelerou muito o jogo. Tive a certeza nos primeiros 15 minutos de que foi um jogo nervoso da nossa parte. Erramos a construção, passes laterais, nas entrelinhas. Esse passe mais preciso nós demoramos bastante. Ele foi acertando melhor e no segundo tempo o time teve uma sequência maior. É algo simples, temos que trabalhar em treinamentos, em posicionamento para facilitar essa ação — explicou o comandante.
O técnico ressaltou ainda a dificuldade do Campeonato Brasileiro e explicou as diferenças de forças entre as equipes nos campeonatos da Europa, por onde passou como treinador do Lyon em 2019.
— É uma outra realidade, é um outro cenário absolutamente diferente. Nós temos aqui 12 times grandes, potentes, de bom investimento, com bom centro de treinamento, com bons atletas. O Brasil é um celeiro com grandes jogadores que estão crescendo. O cenário europeu é diferente, vai marcado com dois, três clubes que brigam pelo título, outros pela Champions League e Europa League. Nós aqui vamos lutar por pontos, pela melhoria dos atletas, por disputar, brigar, lutar e o tempo vai dizer, assim como nos demais clubes. Ninguém sai dizendo onde vai ficar no campeonato. Não vejo bem essa possibilidade, a gente vai variar muito na tabela, como foi no Campeonato Brasleiro no ano passado — completou Sylvinho.
Agitado à beira do campo e com muitas instruções gritadas ao longo dos 90 minutos, Sylvinho explicou que esse é o método de trabalho utilizado, mas que os jogadores têm liberdade no gramado.
— Minha forma de atuar é ao lado do campo, é do jeito que eu funciono. Eu compito junto com meus atletas e tudo que a gente passa, a cada dia, a cada mensagem, a cada vídeo, a cada preleção. Tenho o entendimento completo de que aquilo são starts que a gente dá no atleta para o setor funcionar. E isso funcionou, a gente acabou não sofrendo na parte defensiva, preocupava em certos aspectos a bola parada, a gente tomou a frente, não sofremos. O time cumpriu com todos os conceitos e ideias que colocamos. Minha interação com eles é assim e vai continuar sendo assim independente de quanto mais eles vão pegando os conceitos e o tempo vai passando, é minha forma de ser. Eu sempre peço para que eles marquem em pé, no tempo não ser desleal, não precisa carrinho. São orientações muito produtivas aos atletas ali ao pé do campo.
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VEJA OUTRAS RESPOSTAS DO TREINADOR NA COLETIVA
Posicionamento do Fagner no jogo:
— O Atlético estava com lateral-esquerdo numa segunda linha e parecia uma preocupação com o Fagner para fechar os espaços. A primeira linha da frente com o Ramiro funcionou bem, ele teve sucesso, chance de gol. Fazendo diagonais, fortalecendo o meio de campo. Faltou um link com o Fagner, mas não é um pedido para que ele não apoiasse, o problema é que ele estava sendo acompanhado pelo lateral-esquerdo, o que limitou a ação dele. Não é nenhuma orientação, pelo contrário, ele tem uma parte ofensiva muito boa e que vai ser usada ao longo do campeonato.
Movimentação no meio de campo e falta de construção ofensiva:
— Isso foi potencializado porque pecamos nessa saída. Não foi precisa, nao foi boa
faltou precisão porque o time acaba não andando. Precisa ter essa posse, bons passes, segurança nos passes. O Luan é nosso meia, jogou na função dele, atrás do Gustavo, com quem tínhamos a possibilidade de velocidade e precisamos mudar no segundo tempo após tomar o gol porque o time do Atlético ia estar muito mais fechado, essa possibilidade de velociadade nós víamos pela direita, como ocorreu e não mais por dentro. O Luan jogou na função dele é óbvio que fica prejudicado quando essa bola não chega num bom tempo, que é o penúltimo passe entre linhas, que foi prejudicada e tentamos mudar isso para o segundo tempo.
Como corrigir erros individuais e motivo de Gil começar como titular:
— O começo do jogo com campo rápido ,mas tem o aspecto técnico. Nessa parte de construção do time temos muita gente jovem e é uma parte que necessita tranquilidade, bons passes, entendimento do jogo, percepções para se desenvolver em campo. entendemos que o Gil é um jogador importante assim como outros. O João tem crescido muito, assim como o Raul, nós vamos ter muitos jogos, atletas e vamos buscar a melhor formação e dupla de zaga porque dá segurança. O Gil tem compromisso com o clube, está inteiro e vai continuar jogando. Temos várias opções e temos que fazer as coisas com tranquilidade porque assim foi proposto.