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Opinião: Dourado, como capitão do Internacional, deveria entender a responsabilidade que tem perante a sociedade

Ricardo Duarte/Internacional

O Brasil, neste domingo (11), chegou na marca de 353 mil e 137 óbitos registrados por Covid-19. Diariamente, os números de casos ativos seguem em crescimento, levando mais e mais pessoas aos hospitais e, infelizmente, a morte. No Rio Grande do Sul, por exemplo, existe um sistema de bandeiras, para determinar a necessidade de isolamento social, e neste momento ela está preta, representando o risco máximo de contaminação e, obviamente, recomentando evitar aglomerações a qualquer custo. Mas, aparentemente, Rodrigo Dourado, Nonato e Heitor não entenderam isso.

No entanto, infelizmente, parece que o futebol, e seus atletas, estão dispostos a ignorar completamente a existência da pandemia. Além dos jogos continuarem rolando – algo que deveria ser repensado com urgência – os jogadores não estão cumprindo aquilo que deveria ser o básico: não promover aglomerações. Para demonstrar isso, basta observar três atletas do Internacional. Neste final de semana, Rodrigo Dourado, Heitor e Nonato, foram a uma praia e reuniram pessoas em um barco. Além disso, vídeos do local mostram que, no mesmo píer, haviam festas ocorrendo em outras embarcações.

Fossem apenar três jogadores já seria ruim, mas poderia passar batido como em tantos outros casos no futebol brasileiro, mas não neste. Um dos atletas envolvidos era Rodrigo Dourado. Volante oriundo da base do Internacional, o jogador é, há pelo menos 2 anos, o capitão do clube sempre que entra nos gramados. Por conta do histórico de superação de lesões, uma clara identificação com o colorado e declarações sempre emocionadas, Dourado é um dos atletas mais queridos pela torcida.

ídolo de muita criança, e até mesmo alguns adultos, Rodrigo Dourado dá um péssimo exemplo de como não agir. Por tamanha influência perante a torcida, as ações do volante deveriam corresponder com a deu uma pessoa que tem enorme influência na sociedade. Ao participar de uma aglomeração – além de óbvia possibilidade de se infectar, virar transmissor e desfalcar a equipe – Dourado reforça um discurso negacionista que aparece presente no mundo atualmente. É mentira que jovens, ou atletas, não possam ter complicações por conta da Covid-19. E, infelizmente, ver o capitão do seu time aglomerado, ao lado de outros jovens, pode resultar em mais festa clandestinas, levando a mais contaminações e, consequentemente, a mais mortes.

Dourado, todavia, não é o único que acaba por dar um mal exemplo diretamente para a torcida. Por ser o capitão, eles se destaca, mas Heitor e Nonato merecem críticas e, na minha opinião, alguma multa por descumprimento do distanciamento social. Para piorar ainda mais a imagem própria deles, Nonato, recentemente, havia sido elogiado por gravar um vídeo, recomendando que uma senhora, até então negacionista, se vacinasse e respeitasse a distância segura para outras pessoas. Por ser fã do atleta, ela prontamente aceitou. Com essa atitude do fim de semana, o meia do Internacional parece mais um que usa a máxima “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Não há, no pior momento da pandemia de Covid-19, um único motivo válido para uma aglomeração. Rodrigo Dourado, Nonato e Heitor deveriam ser repreendidos pelo clube e, havendo reincidência, punidos de alguma forma, nem que seja no salário. É inadmissível ver o capitão de um clube, do tamanho do Internacional, dando um péssimo exemplo não somente para os colorados, como para a sociedade que sempre observa suas ações.

Nonato, Heitor e Dourado foram flagrados em aglomeração em barco. (Foto: Instagram)

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