Opinião

Opinião: O que falta para Novak Djokovic se tornar o maior tenista de todos os tempos?

Novak Djokovic maior tenistas de todos os tempos ATP Grand Slam
Foto: Juergen Hasenkopf via Imago Images

Líder do ranking mundial por mais de 310 semanas, sendo detentor do recorde; 36 títulos de Masters 1000; 18 troféus de Grand Slam; nove vezes campeão do Australian Open; por seis vezes encerrou a temporada como número um. Há diversas maneiras de descrever Novak Djokovic, mas por que ainda não o maior tenista de todos os tempos?

+ Djokovic bate recorde de Federer e se torna o tenista com mais semanas no topo do mundo

ONDE TUDO COMEÇOU

Em 2006, Djokovic conquistou o primeiro título da carreira ao derrotar Nicolás Massú, do Chile, na final do ATP dos Países Baixos. Na mesma temporada, o sérvio de 33 anos chegou às quartas de final do Roland Garros, sendo eliminado por Rafael Nadal. Após alguns meses, no início de 2007, o Rei de Melbourne alcançou o Top 10 do circuito mundial e encerrou o ano como terceiro colocado.

E não poderia ser diferente! O primeiro Grand Slam de Novak Djokovic foi celebrado no Australian Open, que tem Djokovic como maior vencedor entre os homens. O reinado do atual #1 na Austrália começou em 2008, quando superou Roger Federer na semifinal e Jo-Wilfried Tsonga na final. Na ocasião, Nole quebrou a dinastia de Federer e Nadal em Grand Slams e, a partir desse momento, surgiu o “Big 3” do tênis masculino.

Novak Djokovic maior tenistas de todos os tempos ATP Grand Slam
Foto: Hasenkopf via Imago Images

OBSTÁCULOS

Nascido no dia 22 de maio de 1987 em Belgrado, capital da Sérvia, país que esteve envolvido em conflitos que dizimaram a população sérvia, Djoko tem uma carreira recheada de superação e força de vontade.

“Tudo está na frente do tênis no meu país. Eles não o respeitam daquela maneira como o resto do mundo faz. É uma coisa triste. Mas no último ano e meio fizemos algo realmente especial para a Sérvia por ter seis jogadores no top 100 (incluindo duas mulheres)”

Muito por conta das dificuldades que passou durante a vida pessoal e profissional, Djokovic destina parte dos seus lucros aos menos privilegiados. Além de contribuir na renovação de escolas da Sérvia, o tenista tem uma fundação que possibilita formação dos jovens sérvios. Nole também abriu restaurante na Sérvia, oferecendo comida de graça para mendigos e pobres.

“Dinheiro não é um problema para mim. Eu ganhei o suficiente para alimentar toda a Sérvia. Eu acho que eles merecem depois do apoio que recebi deles”.

ALGUNS RECORDES

  • Tenista com maior valor recebido em premiações na carreira, com mais de US$ 145 milhões; 
  • Maior campeão do Australian Open entre os homens, com nove títulos (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020 e 2021);
  • Maior vencedor de ATP Masters 1000, com 36 títulos (Nadal possui 35);
  • Maior vencedor do ATP Master 1000 de Indian Wells, com cinco títulos (2008, 2011, 2014, 2015 e 2016);
  • Maior vencedor, junto com Andre Agassi, do ATP Masters 1000 de Miami, com seis títulos (2007, 2011, 2012, 2014, 2015 e 2016);
  • Maior detentor, junto com Pete Sampras, de temporadas finalizadas em primeiro lugar do ranking mundial, com seis triunfos;
  • Único tenista masculino a conquistar quatro títulos seguidos no ATP World Tour Finals (2012, 2013, 2014 e 2015);
  • Segundo maior vencedor do ATP World Tour Finals, com cinco títulos (Federer é o maior com uma conquista a mais);
  • Terceiro maior vencedor de torneios de simples em atividade;
  • Terceiro maior vencedor de Grand Slams entre os homens, com 18 troféus (Federer e Nadal têm 20 cada).

O QUE FALTA?

Sem dúvidas, Novak Djokovic já é um dos maiores da história – do tênis e do esporte -, mas o que ainda o distancia do espanhol Rafael Nadal e do suíço Roger Federer? Basta igualar o recorde de conquistas em Major que se tornará o G.O.A.T? Afinal, o que é ser o melhor de todos os tempos?

No último ano, Djokovic se envolveu em polêmicas ao se posicionar contra a vacinação da COVID-19 e promover um torneio em meio à crise sanitária, mesmo depois de ajudar hospitais na Itália na luta contra o coronavírus. Do outro lado, Nadal apoiou protocolos rígidos contra a doença, enquanto Federer ficou fora também por conta das cirurgias no joelho.

Para a imagem de Nole, o Adria Tour e a criação de uma nova associação foram pontos cruciais para que a mídia e o público reforçassem a ideia de que o sérvio estaria distante dos outros integrantes do Big 3.

Apesar das divergências e declarações polêmicas, uma coisa é certa: Djokovic, Nadal e Federer revolucionaram o tênis mundial e, juntos, dividem o posto de G.O.A.T (Greatest Of All Times). Cada um com a sua torcida, recordes e conquistas.

Siga os perfis do Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo