Ivan foi um dos principais tópicos da entrevista coletiva de imprensa do presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, na última quinta-feira.
Embora não atue oficialmente desde o fim de outubro do ano passado em decorrência de cirurgia no punho, goleiro teve detalhada pela Macaca a real situação sobre a divisão dos direitos econômicos.
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Alvinegra falou publicamente pela primeira vez a respeito da porcentagem que ainda tem direito em relação ao passe do camisa 1 e revelou ter 40% já comprometido por empréstimos para quitar dívidas – ou seja, resta ainda 60%.
“Sobre o Ivan, eu sempre tenho dito isto, é um dos principais ativos da Ponte Preta. Nós temos atuado junto às pessoas que administram a sua carreira e ao próprio jogador, que tem dado uma demonstração de muito amadurecimento e de profissionalismo. A nossa intenção sempre foi de fazer o melhor negócio possível com o jogador Ivan. No ano passado, nós recusamos algumas propostas, porque entendíamos que elas estavam abaixo daquilo que o Ivan representa para o futebol brasileiro. Era expectativa de convocação para Seleção Brasileira profissional e expectativa de participação nas Olimpíadas. Nós, então, tínhamos uma perspectiva de um negócio muito interessante para o jogador Ivan”, comentou Tiãozinho.
“Tinha um agravante, que era o problema do passaporte dele internacional. Alguns clubes têm esse critério como algo importante para tomada de decisão. O Ivan, agora, está com essa documentação bem encaminhada. O melhor cenário para Ponte Preta é que o Ivan possa não só voltar a vestir a nossa camisa e a disputar competição. Na janela de oportunidade, sobretudo de transferência para o futebol europeu, nós possamos o melhor negócio possível à luz da realidade do mercado do futebol hoje. O mercado do futebol, pós-pandemia, é um mercado diferente daquele que nós vivenciávamos antes da pandemia. Então isso também vai ter um impacto no valor de mercado, não só do Ivan, mas de outros atletas. Nós estamos observando isso nas transferências mais recentes. Esse é o primeiro ponto”, emendou.
EM CONJUNTO
De acordo com a Ponte Preta, a decisão pela negociação de Ivan será compartilhada entre as partes envolvidas nas conversas e tratou o arqueiro como ‘cheque especial’
“O segundo ponto é que essa uma decisão que é compartilhada entre a direção da Ponte Preta, o jogador e aquelas pessoas que fazem a gestão da tua carreira. Então se surgir uma oportunidade e, nesse último período, o Ivan foi sondado por vários clubes. São clubes que estão na Série A e clubes que estão na Série B. Esses negócios não se concretizaram. Então nós temos que esperar a proposta chegar à Ponte Preta para que nós possamos avaliá-la. Não chegou nenhuma proposta na Ponte Preta oficialmente até o momento. Foram muitas sondagens. Muitas sondagens, mas, de concreto, nós não temos uma proposta na mesa para deliberar”, disse.
“Em terceiro ponto é em relação aos direitos federativos e econômicos da Ponte Preta. Pela lei, obviamente, nós temos 100% desses direitos federativos. Em relação aos direitos econômicos do Ivan, nós estamos em um equilíbrio em torno de 60% a 40%. A Ponte Preta já utilizou-se desses recursos para tentar viabilizar a situação econômica e de caixa da Ponte Preta. Sim, já usou desses recursos. Não na nossa gestão apenas, mas em gestões anteriores. Eu digo sempre que o Ivan tem essa característica de ser uma espécie de cheque especial da Ponte Preta”, prosseguiu.
“Como em todo bom negócio ou como todo acúmulo de dívida que você vai fazendo em qualquer negócio, uma hora a conta chega. Na hora em que chegar uma proposta, nós vamos poder avaliar se é melhor a Ponte Preta buscar segurar o Ivan ou, se a situação exigir, nós vamos fazer a transação do Ivan. É óbvio que um time de futebol e a Ponte Preta não é diferente tem como principal negócio a venda e a transferência de seus jogadores. É isso que dá sustentabilidade para os clubes”, continuou.
“A nossa expectativa era poder transacionar, neste ano, pelo menos, dois atletas. Nós vamos esperar que isso aconteça, não só porque a Ponte precisa de recursos para honrar os seus compromissos, mas porque é uma necessidade imperativa do mundo do futebol seja para Ponte Preta ou seja qualquer equipe do futebol brasileiro. Eu não sei se respondi a tua pergunta, mas estou aqui sendo coerente com as mesmas perguntas que foram me dirigidas na reunião do Conselho Deliberativo. Foram essas as respostas que a Ponte Preta deu naquela oportunidade”, finalizou.
Ainda sem nenhuma proposta oficial em mãos, a Ponte Preta não esconde de ninguém a necessidade de negociar Ivan nesta temporada – é tratado como quase uma urgência – para manter os compromissos em ordem, quitar dívidas antigas e proporcionar fluxo de caixa.
Nas últimas semanas, o estafe de Ivan recebeu consulta do São Paulo – saiba aqui todos os detalhes -, além de outros clubes da primeira divisão: Bahia, Flamengo, Grêmio e Juventude.
Fora dos Jogos Olímpicos por conta de longo tempo de inatividade, Ivan corre contra o tempo para ficar à disposição de Gilson Kleina na Série B do Campeonato Brasileiro.
O jogador tem contrato vigente junto à Macaca até 1º de abril de 2023.
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