Ponteira do Osasco Audax/São Cristóvão Saúde e uma das promessas da nova geração do voleibol nacional, Tainara Santos cedeu entrevista ao Esporte News Mundo. No papo exclusivo, a atleta de 21 anos falou sobre a série da semifinal contra o Dentil/Praia Clube, a qual o time paulista foi eliminado em jogos diretos, abordou a convocação de José Roberto Guimarães para a Seleção Brasileira e projetou seu futuro no voleibol.
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ELIMINAÇÃO DO OSASCO
Após encerrar a fase classificatória da Superliga Banco do Brasil feminina 20/21 na segunda colocação da tabela, atrás somente do Itambé/Minas Tênis Clube, o Osasco enfrentou o Curitiba Vôlei nas quartas de final. Diante da equipe paranaense, as osasquenses sofreram na partida de ida, mas confirmaram a classificação para as semis no segundo duelo. Já em Saquarema, no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), as jogadoras campeãs do Paulista deram adeus ao campeonato ao serem derrotadas pelo Praia Clube.
– A gente sofreu bastante na recepção no segundo jogo, mas a primeira partida foi digna de semifinal, definida no detalhe. Infelizmente, nós não estávamos no nosso dia no segundo jogo, a recepção não saiu tanto, nada dava certo. Acho que aconteceu o que era para acontecer naquele momento, infelizmente, não estávamos no melhor dia e era um jogo que precisávamos dar o nosso máximo, mas não deu certo – analisou Tainara.
SELEÇÃO BRASILEIRA
Zé Roberto Guimarães convocou, no início do mês de abril, as primeiras jogadoras que defenderão a camisa da Seleção Brasileira nos amistosos e na Liga das Nações, antigo Grand Prix, que antecede os Jogos Olímpicos. Tainara abordou sua ausência na lista de convocadas e convidadas, atletas jovens que apenas treinam com as mais demais. A ponteira passou pela base da amarelinha e integrou a equipe adulta pela primeira vez em 2019.
– Acho que eu já estava preparada para o não, meu psicológico estava preparado. Eu e meu pai conversamos e a gente tinha noção de que era 90% de chance de eu não fazer parte da Seleção esse ano, que fosse para treinar lá no CDV, enfim. Dentro de mim, eu sabia que talvez não fosse, então eu estava preparada e não foi uma surpresa eu não ir. Mas acho que se tem oportunidade para uma atleta de 16 anos estar lá, uma de 21 também tem. Não cabe a mim falar que não era o momento porque se é o momento para uma menina de 16, que é um jovem talento, também teria uma chance para uma de 21. São escolhas e quem escolhe isso é o técnico da Seleção com a comissão. Se eles acharam que não era o momento, que eu não estava em condições para representar o Brasil e estar lá, eu entendo. Agora é trabalhar mais duro, porque o meu ciclo (olímpico) é a partir do ano que vem. E eu não quero ter essa dúvida na minha cabeça e nem achar que não vou. Quero ser uma certeza na Seleção. Quero fazer parte das Olimpíadas e criar uma história na Seleção – completou a camisa #10 do Osasco.
FUTURO INCERTO
Especulada para integrar o elenco do Praia Clube ou jogar no exterior, Tainara afirmou que ainda está em negociação com os clubes e abordou o novo empecilho do mercado brasileiro: a pandemia.
– Eu não devo falar, até porque tenho contrato com Osasco e tudo mais. Mas meu pai é meu empresário e ele está em negociação com clubes. Estamos recebendo propostas e fazendo nossas propostas, assim que está fluindo. O mercado hoje no Brasil está muito difícil por conta da pandemia. Antes era muito mais rápido o processo de contratação, na semifinal ou até mesmo nas quartas você já estava negociando com outro clube ou renovando.
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