Há cinco anos, uma nova página do judô nacional era escrita quando Rafaela Silva subia no lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas Rio 2016, a primeira medalha de ouro do Brasil na edição. Ao conquistar a medalha de ouro da categoria até 57kg, a judoca fez história e se tornou a primeira atleta do judô brasileiro, entre homens e mulheres, a ser campeã olímpica e mundial.
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Na época, a judoca foi tida como grande exemplo de superação, especialmente após o seu desempenho de quatro anos antes, nos Jogos Olímpicos de Londres, quando a atleta foi eliminada ainda na estreia, logo após aplicar um golpe ilegal.
— Treinei muito depois de Londres-2012 porque não queria repetir o sofrimento. Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que eu era uma vergonha para minha família, para meu país. E agora sou campeã olímpica. Em 2014, eu estava desacreditada, mas, agora, treinei o máximo que podia e o resultado veio — declarou Rafaela em 2016, logo após a final.
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Após a conquista do ouro olímpico em 2016, Rafaela ainda conquistou novos prêmios e títulos, como a medalha de ouro por equipe, junto à Seleção Brasileira no Pan-Americano de Judô em 2017, e o ouro individual no Pan-Americano de 2019, em Lima. Mas foi em 2019 que os holofotes sobre sua carreira começaram a mudar de tom.
Pouco mais de um mês após a conquista da medalha no Pan de Lima, Rafaela Silva foi pega no exame antidoping, que acusou a presença de fenoterol no organismo da judoca, uma substância de efeito broncodilatador, que causa aumento de performance por melhorar a troca gasosa entre o sangue e o pulmão. Com o resultado, a atleta não somente perdeu o seu título, como foi punida com dois anos de exclusão do esporte, pena que a deixaria de fora das Olimpíadas de Tóquio.
Embora tenha entrado com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na tentativa de conquistar uma redução na punição, Rafaela não conseguiu reverter a decisão, sendo impedida de brigar pelo bicampeonato olímpico, e hoje desfalca a delegação brasileira em Tóquio.
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