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Relembre como foi a segunda passagem de Rogério Ceni pelo São Paulo

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Com o anúncio oficial da demissão de Rogério Ceni, na tarde da última quarta-feira (19), chegou ao fim a segunda passagem do treinador pelo São Paulo. Com um período de trabalho muito maior do que em seu primeiro trabalho pelo Tricolor, que durou de janeiro a julho de 2017, Ceni viveu altos e baixos, conseguiu vitórias marcantes, amargou derrotas dolorosas e não conquistou títulos.

Rogério já não comandou o último treinamento da equipe e deixa o São Paulo após uma segunda passagem com altos e baixos, mas sem conseguir conquistar títulos. Somando os dois trabalhos que fez pelo Tricolor Paulista, Ceni acumula 142 partidas, 63 vitórias, 41 empates e 39 derrotas, com um aproveitamento de 53,9%.

Relembre alguns dos principais momentos vividos pelo São Paulo durante a segunda passagem de Rogério Ceni no comando técnico do clube:

1 – O retorno: Rogério foi anunciado como técnico do São Paulo em 13 de outubro de 2021, horas após a demissão de Hernán Crespo. Ceni tinha a missão de ajudar a equipe a se livrar do rebaixamento no Brasileirão, a 12 rodadas do fim. Apesar de algumas derrotas e um futebol pouco convincente, o objetivo foi cumprido e o Tricolor terminou o campeonato na 13ª colocação.

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2 – Vice-campeão estadual: Mesmo com um início complicado no Paulistão, Rogério Ceni conseguiu melhorar o rendimento e levar o time até a grande final do campeonato, após uma boa campanha na primeira fase e vitórias sobre o São Bernardo e Corinthians no mata-mata.

O primeiro jogo, no Morumbi, ficou marcado como um dos melhores jogos do São Paulo sob comando de Ceni, vencendo por 3 x 1 o até então invicto Palmeiras, de Abel Ferreira. Porém, no segundo jogo, o Verdão conseguiu reverter o placar no Allianz Parque, goleando o Tricolor por 4 x 0 e ficando com o título, numa das piores atuações com Ceni no comando.

3 – Semifinalista da Copa do Brasil: Depois de eliminar o Juventude na terceira fase, o São Paulo reencontrou o Palmeiras nas oitavas de final. Com vitória por 1 x 0 no Morumbi e derrota por 2 x 1 no Allianz Parque, o Tricolor levou a melhor nos pênaltis e avançou às quartas de final, onde eliminou o América-MG após vencer em casa e empatar fora.

Apesar de uma boa atuação no primeiro jogo da semifinal, o Tricolor de Rogério Ceni não foi páreo para o time estrelado do Flamengo, de Dorival Júnior, que venceu a ida, no Morumbi, por 3 x 1 e a volta, no Maracanã, por 1 x 0.

4 – Perda da Sul-Americana: Por priorizar o Campeonato Brasileiro, Rogério Ceni decidiu jogar a primeira fase da Copa Sul-Americana com os reservas. A boa campanha do time fez o treinador enxergar a possibilidade de título e mudar de estratégia, passando a escalar força máxima nos jogos do torneio.

O São Paulo passou pela Universidad Católica (CHI) nas oitavas de final sem grandes sustos. Após classificações emocionantes contra o Ceará nas quartas e Atlético-GO nas semifinais, o Tricolor chegou confiante à decisão com a possibilidade de erguer uma taça internacional após uma década. Porém, na final disputada em Córdoba (ARG), o time não jogou bem e foi dominado pelo Independiente Del Valle (EQU), perdendo por 2 x 0 e ficando com o vice-campeonato.

5 – Campanha fraca no Brasileirão: Com um início regular, o Brasileirão do São Paulo de Ceni foi feito de altos e baixos. Com a meta de terminar a competição entre os classificados para a próxima Copa Libertadores, o time acabou perdendo pontos importantes com a grande quantidade de empates, o que acabou fazendo com que a Copa Sul-Americana fosse o melhor caminho para voltar à principal competição do continente.

Com a perda do título, o trabalho do técnico começou a ser questionado por alguns torcedores, além de que a fraca campanha no Brasileirão rendeu a 9ª colocação na tabela, com o time se contentando apenas com a vaga no torneio sul-americano mais uma vez.

6 – Derrocada em 2023: Sem títulos em 2022, a atual temporada já começou com grande pressão para o São Paulo e para Rogério Ceni. Apesar da grave crise financeira vivida pelo clube, houve uma grande reformulação no elenco e, mesmo assim, o rendimento da equipe foi abaixo do que se esperava. O mal preparo físico da equipe e Departamento Médico ultrapassado, muitos jogadores se lesionaram e ficaram um longo tempo longe dos gramados.

Ceni não conseguiu repetir escalações nenhuma vez em todo o ano de 2023, seja por opções táticas ou por necessidade. Isso teve grande influência para a eliminação precoce no Paulistão, diante do Água Santa, nas quartas de final. O time teve mais de 20 dias para treinar, mas o clima era péssimo após o vexame no campeonato estadual e ficou ainda pior com o desentendimento entre Rogério Ceni e Marcos Paulo, que gerou grande incômodo em alguns atletas.

Com o retorno dos jogos, o futebol apresentado não melhorou e a pressão sobre ficou insustentável. A principal torcida organizada do São Paulo, que durante muito tempo apoiou o trabalho de Rogério Ceni, exigiu a demissão do treinador e a saída passou a ser iminente. Mesmo após a vitória sobre o Puerto Cabello (VEN), na última terça-feira (18), o treinador não resistiu e acabou sendo demitido após 107 jogos, 50 vitórias, 29 empates e 28 derrotas.

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