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Rodrigo Caetano se despede e passa a limpo gestão pelo Atlético-MG

Rodrigo Caetano em despedida do Atlético-MG (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)

Rodrigo Caetano concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Arena MRV, e agora foca totalmente suas funções na CBF

Foto: Divulgação/Atlético-MG

Novo diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Caetano comentou, nesta quarta-feira (21), sobre os motivos de ter deixado o Atlético-MG. Segundo ele, em entrevista coletiva na Arena MRV, em Belo Horizonte, a oportunidade de estar na Seleção Brasileira é, a princípio, única na carreira de um profissional.

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– Essa minha tomada de decisão foi muito pessoal, mas muito difícil. Ela foi pessoal e profissional, porque toda pessoa que milita no esporte almeja representar o seu país, assim como no vôlei e no basquete. Mas, em 20 anos de carreira, no momento que veio o convite, eu estava no clube que talvez tenha sido a minha maior identificação nesse período – afirmou.

A minha relação vai ser eterna. Estou em uma etapa que carregamos para construir uma boa memória. Está sendo difícil, laços emocionais com o clube, funcionários, atletas. É difícil essa despedida. Fui à sede e cumprimentei todos os profissionais. Essa gente toda tem um valor impressionante – destacou.

Rodrigo Caetano também passou a limpo a sua gestão no galo. Ele ressaltou dever cumprido, mas que houve erros durante o processo.

– Nunca é bom trocar treinador. Não gosto da palavra reformulação, ainda mais quando o clube está em viés de alta. Mesmo 2021 quando ganhamos, se for ver, cheguei e fiquei dois meses com Sampaoli, não teve praticamente preparação de Pré-temporada. Não tivemos o torcedor do nosso lado (pandemia). Aí, depois, o Cuca não continuou, aí você busca o Turco. Aí, por uma pressão externa, você troca treinador. Retorna o Cuca. São trocas que deixam marca no processo de trabalho. Você precisa escolher bem o técnico para que ele justifique a continuidade. Sempre tivemos um bom ambiente. Fazer o que diferente? A tomada de decisão é obrigatória, não tem nenhum fato isolado. Todos os jogadores que passaram deixaram uma marca positiva.

Assim, quando somos contratados, é com o objetivo de acertar mais que errar, mas erramos. Tentamos construir processos, independente de elenco. Eu saio com o dever cumprido de ter consolidado processos que envolvem, também, outros departamentos. Um processo de prospecção de atletas, recolocação. Por mais que você tenha um processo de contratação, contratamos pessoas. Gera uma expectativa e por um motivo, uma lesão, falta de adaptação, o atleta não entrega. Mas acho que acertamos muito mais. Deixamos uma ótima comunicação com o comitê do futebol, da SAF. E funciona.

Rodrigo também agradeceu aos torcedores e aos investidores da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético pelo apoio.

– No fim, eles entenderam que era um projeto pessoal de um dia poder representar o nosso país em uma outra condição. Por tudo isso, saio daqui com as portas abertas e parte do dever cumprido. Mas sob o olhar de alguém que entregou muito comprometimento e muito trabalho. É o reconhecimento dos donos e do torcedor que me encontra nas ruas”, destacou.

O dirigente, agora da Seleção Brasileira, declarou que conversou com o técnico Felipão e citou o caso que aconteceu no último sábado, quando o treinador xingou torcedores no desembarque da delegação, em Belo Horizonte.

– Claro que falei com o Felipão, uma lenda viva, multicampeão. Ele não foi apenas campeão mundial pela seleção, foi o último semifinalista. Tem muita experiência. Me passou muito da visão do que é representar o nosso país.

– Felipão tem essas questões de autenticidade. É um cara que, em alguns momentos, pode ter excedido limite. Mas isso posso garantir que ele é um sujeito de um coração espetacular. Ele luta o tempo todo para a equipe vencer, envolvido com tudo. Às vezes, pega ele em um momento de chegada. estressado. Claro que não justifica, e ele sabe que não justifica. Não duvidem do caráter e do coração dele por um fato isolado.

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Rodrigo Caetano chegou à CBF para substituir Juninho Paulista. Em janeiro de 2023, o ex-jogador deixou a entidade, pouco depois da Copa do Mundo de 2022, no Catar, junto com a comissão técnica de Tite. Desde 2021 no Galo, Caetano viu a equipe conquistar seis títulos: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e três edições do Campeonato Mineiro.

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