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Ruptura do modelo de jogo: Relembre a situação de Eduardo Coudet no Inter antes da parada

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Ricardo Duarte/Internacional
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Nesta sexta-feira (17), o Esporte News Mundo encerra a série de reportagens que vem relembrando a situação do Internacional antes da parada do futebol. Após apresentarmos os cenários dos goleiros, zagueiros, laterais, volantes, meias, pontas e atacantes, é a vez de falarmos sobre o técnico Eduardo Coudet.

Do Cilindro para o Beira-Rio

Após a demissão de Odair Hellmann em outubro de 2019, a direção do Inter foi ao mercado e mirou em apenas um nome: Eduardo Coudet. O problema é que, naquela altura, o técnico estava empregado no Racing, da Argentina. Mesmo assim, os dirigentes colorados viajaram ao país vizinho para negociar com ‘Chacho’.

Depois de duas reuniões, o acordo estava selado. Como não poderia deixar El Cilindro imediatamente, Coudet acertou com a direção do clube gaúcho que assumiria o comando em janeiro de 2020. E assim foi feito.

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Ruptura da filosofia de jogo do clube

Quando foi atrás de Coudet na Argentina, a direção colorada tinha uma ideia em mente: romper com o estilo de jogo que reinava no Beira-Rio há alguns anos. Chegava ao fim o jogo reativo e entrava em cena o jogo propositivo. A intensidade, a marcação alta e a transição rápida entre defesa e ataque são características implementadas pelo técnico hermano.

Coudet chegou em Porto Alegre e logo definiu a formação que seria utilizada como base: 4-1-3-2. Com a bola nos pés, o time seria ainda mais ofensivo: o primeiro volante recuaria entre os zagueiros, os laterais projetados no campo de ataque e os dois pontas da linha de três do meio-campo caindo mais por dentro para ajudar na construção e finalização das jogadas.

Evolução no processo

O início foi um pouco truncado, principalmente sem encontrar o jogador para atuar por dentro na linha de três do meio-campo. As vezes que Coudet utilizou Rodrigo Lindoso, não funcionou. Aliás, a dupla Musto e Lindoso não funcionava, não dava fluidez na mecânica de jogo do Inter. O torcedor cobrava uma mudança. E ela veio por força da natureza.

Na partida de volta da terceira fase da pré-Libertadores, contra o Tolima, Rodrigo Lindoso se machucou e tudo se ajeitou. Eduardo Coudet colocou Marcos Guilherme, que foi jogar aberto pelo lado direito. Edenilson, que antes estava no flanco direito, foi jogar por dentro na linha de meio-campo. Tudo melhorou automaticamente.

Após passar pelo time colombiano, o Internacional entrou na fase de grupos da maior competição do continente Sul-Americano e veio a fazer a melhor partida do ano até então. Foi contra a Universidad Católica, do Chile, na vitória com muita autoridadepor 3 a 0, no Beira-Rio. A equipe de Coudet teve 58% da posse de bola, 346 passes certos e 26 finalizações, sendo 10 no gol.

Os dois últimos jogos antes da parada também foram bem promissores. Na Arena, contra o Grêmio, também na Libertadores, não se encolheu e foi propositivo na maior parte do jogo, colocando duas bolas na trave e ficando perto da vitória. Já contra o São José-RS, no Gauchão, show dos reservas e 4 a 1 no placar. Outra marca registrada: pode ser time titular ou reserva, mas a forma de jogar será sempre a mesma.

No ano, o Internacional disputou 15 partidas. Foram nove vitórias, cinco empates e apenas uma derrota. São 23 gols marcados e apenas sete sofridos. O aproveitamento é de 71,1%.

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