Neste domingo, 28, a Seleção Brasileira enfrentou a Venezuela pelo Torneio Internacional de Manaus. Apesar de ter sofrido um gol logo no início, a equipe soube reagir e conseguiu uma virada por 4 a 1, na Arena Amazônia, em Manaus.
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Após a partida, a técnica Pia Sundhage concedeu entrevista coletiva e falou sobre as mudanças na escalação do time e coletividade da equipe. Além disso, a treinadora também falou sobre a atuação da atacante Gabi Nunes.
Você entrou com o time titular muito modificado em relação ao jogo anterior e fez outras mudanças no decorrer da partida. Dentro do seu projeto de renovação, experimentar é muito importante, entãoncomo você avalia as experimentações feitas hoje?
“Tentamos coisas diferentes e agora eu tenho um pouco de dificuldade em separar o que é bom e o que é ruim. Mas pelo menos tenho uma maneira de ver isso de uma forma positiva. Então, no começo tomamos um gol, não gosto disso. No entanto, voltamos e tentamos retornar em lances de bola parada, por exemplo, e temos falado bastante sobre essas jogadas.
Então, no intervalo, eu disse que isso era muito importante. Esta é a segunda vez que voltamos depois de uma derrota por 1-0. Contra o Canadá e contra Austrália, da última vez, perdíamos por 2 a 0 e conseguimos voltar para o jogo. Então, isso é algo que continuarei a enfatizar. Quando se trata da parte tática, isso me diz o quão importante é ter as quatro meio-campistas, independentemente da sua posição, é muito importante encontrar o ritmo. Caso contrário, as quatro zagueiros estarão um pouco agitadas e quando tivermos a chance de encontrar as meio-campistas adversárias, estaremos muito bem, porque temos duas atacantes interessantes.
Então isso é uma coisa que me deixa feliz, quando fazemos isso. E outra coisa foi tentarmos mudar para 4-3-3 e, pelo menos tentamos e poderíamos ter feito um pouco melhor. E essa pode ser uma das partes táticas que podemos trabalhar daqui para frente.”
Como você analisa a atuação da Gabi Nunes depois de quatro anos fora da seleção brasileira? Na saída de campo, Marta falou que o Brasil precisa melhorar a coletividade do grupo, como você enxerga isso?
É a primeira vez que ela está conosco, com essa nova equipe. Como atacante, acho que ela lê bem o jogo, é boa no jogo aéreo e fico feliz por ter marcado um gol. Agora, acho que até ela poderia ser ainda melhor se tivéssemos feito um jogo melhor. Porque nós precisamos trabalhar para estar conectado. Então, essas jogadoras, elas são jovens, não têm jogado tantos jogos juntas, não têm treinado tantas vezes.
Então, para tentar mudar alguma coisa, precisamos fazer coisas diferentes, isso é, acreditar em quem está jogando, então, teremos opções. Quando alguém durante a Copa América por exemplo, digamos que alguém está um pouco cansado oy não está jogando muito bem, temos oportunidade de trocar as jogadoras por outras que saem do banco.
Portanto, se queremos jogadoras com bastante experiência no banco, elas precisam jogar.”
Falando sobre o sistema defensivo do Brasil, é algo que vem sendo muito trabalhado por você, mas nesse jogo em específico, a equipe sofreu um pouco e não por acaso, tomou um gol logo no início do jogo. Sabemos sobre os testes e como eles impactam no desempenho, mas como você analisa? E, também, sobre a transição das jogadoras mais novas, que vieram da base para a principal.
“A defesa poderia ter sido melhor, trabalhamos muito nisso e normalmente somos sólidos, mas enfim, com as novas jogadoras, isso acontece. É muito importante ser uma equipa coesa, principalmente na forma como queremos defender. E hoje, acho que as jogadoras venezuelanas dificultaram as coisas para nós. Então, poderíamos ter sido mais compactadas e poderíamos ter colocado um pouco mais de pressão no geral.”
Qual foi o papel da Debinha nesse jogo?
“Debinha, ela é fantástica. Ela faz gols e fez um hoje de novo, e acho que ela foi a nossa melhor jogadora. Ela é dedicada, cobre muito espaço, corre para toda a equipe e é muito boa com a bola.
Ela está crescendo comigo e na equipe e está se tornando cada vez mais importante. Estou muito feliz com o desempenho dela.”
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Por qual motivo a Marta iniciou a partida no banco de reservas? Qual a importância dela no elenco agora que o time tem a ausência da Formiga?
“O motivo dela ter começado no banco, é que ela não tem treinado muito e veio para este confronto um pouco mais tarde. Então, eu realmente quero que ela continue saudável, por isso, temos muito cuidado com o quanto ela vai jogar. Ela só teve uma prática e jogou alguns minutos hoje. Vamos ver o que ela pode fazer no próximo jogo.
E ela é importante para nós, tanto dentro como fora do campo. O jeito que ela jogou hoje, saindo do banco. fez a diferença e, isso é bom para a gente, eu estou muito feliz com isso.”