O Corinthians apresentou na manhã desta terça-feira (25) o técnico Sylvinho, no CT Dr. Joaquim Grava. Na entrevista coletiva, o novo comandante alvinegro abordou, entre outros assuntos, o aspecto tático que pretende implementar no Timão.
O treinador afirmou que pretende utilizar uma formação com quatro jogadores na linha de defesa. O esquema com três zagueiros, que chegou a dar esperança ao torcedor nos últimos dias de Vagner Mancini, foi descartado, a não ser em situações pontuais.
— Variação de sistema tático existe e é bom. Gosto de linha de quatro, conheço o sistema, domino as funções. Podemos trocar sistemas, ocorre. Mas atletas me conhecem. Faz parte da história do Corinthians a linha de quatro. A garra e raça são marcas desse clube. Existe. É bom. Não será difícil — disse Sylvinho.
— Eu domino o sistema de quatro, fui criado assim. 3-4-1-2 e outros sistemas com três também dominamos. Precisamos entender o que potencializa o time e os jogadores. Não gosto de variação de sistema, não trabalho assim. Entendo que o atleta treinado tem as distâncias e percepções de treino para levar para o campo com tempo de trabalho. Variação te causa distâncias diferentes, o que gera atraso. Eu gosto da linha de quatro, mas não está fora de cogitação trabalhar com linha de três em algum jogo pontual — acrescentou.
O comandante também deixou claro qual será o estilo do seu time. Deixando de lado a questão ofensiva ou defensiva, ele garantiu que o Corinthians nas suas mãos será brigador e lutador.
— Fugindo de nomenclaturas, times reativos… Nosso time é um time que luta, compete, entra. O futebol é um esporte maravilhoso. Dos mais complexos. Grau de dificuldade alto e depois sincronizar movimentos não é simples. Muitas das vezes técnicos batem nessa tecla do tempo. Tempo corre. O nosso time é um time que entra, organiza e sabe o que fazer e vai lutar, jogar, brigar e disputar. É nossa característica — declarou Sylvinho, que ainda apontou o nível de concentração alto como fator inegociável para ele.
— Eu tenho bastante coisa inegociável. Tem coisas indiscutíveis no futebol: perda de tempo, nível baixo de concentração, não. Vai subir. Isso é trabalho, dedicação. Somos exemplos para uma sociedade. Representamos nação, torcedores. Respeitar a geração, a idade, a juventude. Há tempo para tudo. Passei por isso e entendo — comentou.
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Terceira opção do Corinthians, após as recusas de Renato Gaúcho e Diego Aguirre, Sylvinho chega ao Corinthians após passagem pelo Lyon, da França, sua única experiência como treinador. Em 2019, o profissional de 47 anos foi demitido depois de 11 partidas no comanda da equipe francesa.
Revelado pela base do Timão, como jogador ele conquistou a Copa do Brasil de 1995, o Brasileirão de 1998 e o Paulistão de 1995, 1997 e 1999. Entre 2013 e 2014, o comandante voltou ao clube para fazer parte da comissão técnica, e trabalhou com grandes nomes, como Tite e Mano Menezes.