Três torcedores foram presos e outros dois foram detidos por conta de atos racistas e nazistas na Ne Química Arena na noite desta terça-feira (28) durante a partida entre Corinthians e Boca Juniors, pela Libertadores.
Todos os envolvidos torcem para o time Xeneize. Dois deles tiveram casos registrados no Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) por terem imitado macacos em direção a corinthianos e terão que pagar uma fiança de R$ 20 mil.
Outro que foi filmado fazendo uma saudação nazista foi enquadrado em apologia ao crime, que é inafiançável no Brasil. Apesar disso, de acordo com o delegado Cesar Saad, o torcedor alegou que estava mandando beijos.
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Três torcedores do Boca ainda foram levados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) dentro da Arena para passarão por identificação durante a madrugada. Um outro que foi flagrado fazendo gesto racista está sendo procurado pela polícia.
As detenções aconteceram depois que dois torcedores do Corinthians fizeram gravações dos atos discriminatórios e mostraram a Policiais Militares. A dupla, inclusive, não assistiu ao primeiro tempo do jogo pois prestaram depoimento.
CASOS RECORRENTES
No último sábado (25) a Conmebol aplicou uma multa de 100 mil dólares (R$ 524 mil na cotação atual) ao Boca Juniors por atos racistas dos torcedores em La Bombonera durante a partida contra o Corinthians, no dia 17 de maio.
No fim do mês passado, o Corinthians enviou dois ofícios à Conmebol solicitando punição ao Boca Juniors. O clube também havia emitido uma nota, no qual o clube se posicionou contra as manifestações de racismo dos argentinos.
Diversos clubes brasileiros sofreram com atos racistas de torcedores estrangeiros em partidas da atual edição da Libertadores, incluindo o próprio Corinthians no primeiro jogo contra o Boca pela fase de grupos, na capital paulista.
Após protesto das equipes, a Conmebol endureceu as regras de prevenção ao racismo e, de acordo com o Código Disciplinar da entidade, quem cometer esse tipo de crime receberá uma multa com valor mínimo de 100 mil dólares, como aconteceu com os argentinos.