Fábio Moreno revelou, em entrevista coletiva após classificação à semifinal do Troféu do Interior, promover mudanças no sistema defensivo da Ponte Preta para sequência da temporada.
Com o destro Felipe Albuquerque improvisado na lateral-esquerda e menor participação de Ygor Vinhas com os pés, treinador que alterar estilo de jogo da Macaca.
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“Quem viu a partida, espero que também tenha entendido dessa forma, porque conseguimos executar. Estamos fazendo uns ajustes, principalmente por conta de, agora, contar com um lateral esquerdo destro. Então temos que ajustar um pouquinho a nossa forma de jogar. Nós temos que ajustar a nossa saída de bola. Conversamos com os atletas para diminuir os recursos para o Ygor Vinhas. Nesse momento de pressão que o adversário impõe, às vezes, é ter soluções mais simples para que a confiança volte, tenha um equilíbrio emocional e consiga fazer a nossa saída apoiada, que é com troca de passes, que é o que se vê nos melhores momentos da Ponte Preta”, pontuou.
“Isso é para aparecer no momento certo e não em todos os momentos. Então foi uma conversa proveitosa com os zagueiros e com o Vinhas. Eu acho que isso já ficou mais transparente nessa partida e foi uma evolução nesse sentido. As movimentações ofensivas que a Ponte Preta tem executado eu acho que tem propiciado os espaços e as chance da gente arrematar. Nós só precisamos evoluir um pouquinho mais nesse quesito de finalização, porque, com certeza, a ponta final dessa evolução é fazer mais gols e estar mais organizado defensivamente para não tomar contra-ataque e nem sofrer”, emendou.
HOMEM-GOL
Fábio ainda precisou justificar por que sacou Moisés, vice-artilheiro do Campeonato Paulista, na reta final do segundo tempo do empate com o Botafogo-SP antes das cobranças de pênalti.
Adquirido junto ao Concórdia por R$ 500 mil, atacante, em noite pouco iluminada no Majestoso, deu lugar a Bruno Michel, que converteu a batida.
“Eu queria fazer o gol. Coloquei o Moisés, mas já estava em uma sequência forte. Ele, talvez, é um dos atacantes que menos saem da equipe. Eu, ainda assim, procurava achar uma maneira de fazer o gol. O Bruno Michel treina bem os pênaltis também. A gente está atento a isso”, disse o comandante.
“Nós fizemos uma sessão muito boa de pênaltis. Eu acho que podem ver pela grande sequência de pênaltis que teve na partida, tanto nossa quanto do Botafogo. A opção foi por tentar, ainda que pouco tempo e por poucos minutos, é tentar fazer o gol. Essa é a justificativa sempre”, emplacou.
PROBLEMAS
Moreno também admitiu queda de rendimento da produtividade da Ponte Preta no segundo tempo, no qual o Botafogo-SP cresceu nos 15 últimos minutos e desperdiçou duas chances claras de garantir a vitória – Ygor Vinhas entrou em ação e realizou dois milagres.
“Foi até um pedido nosso antes. Até fizemos trabalhos, como eu falei na resposta anterior, justamente porque sabíamos da característica do treinador Argel (Fucks). A gente sabia da característica que o Botafogo ia implementar aqui nessa partida de baixar as linhas. Eu acho que todo mundo que assistiu à partida viu o Botafogo, muitas vezes, com uma linha de seis defensiva”, analisou.
“Então a gente sabia que ia sobrar mais espaço na média distância. Só que eles marcaram bem e fecharam bem. Não conseguimos, na segunda metade do segundo tempo, os espaços para conseguir essa finalização. A própria sequência dos jogos aí acaba desgastando bastante. Apesar da gente ter esse planejamento, não conseguimos executar contento, não”, fechou.
E AGORA?
Ao despachar o Botafogo-SP nos pênaltis, Ponte Preta aguarda definição do adversário na semifinal do Troféu do Interior, cujo campeão carimba vaga direta à Copa do Brasil de 2022.
O rival da Macaca será Red Bull Bragantino, Ferroviária ou Novorizontino, em confronto único e na condição de visitante, provavelmente na segunda-feira.