Na tarde desta sexta-feira (11), o novo técnico do Cruzeiro, Mozart Santos, foi apresentado na Toca da Raposa II. O comandante chegou ao clube com o intuito de ajudar os celestes a conquistarem o acesso à Série A. O treinador tem característica ofensiva e percepções de jogo semelhantes as do último técnico da Raposa, Felipe Conceição.
– Eu vejo o futebol de maneira bem clara, bem simples. O futebol atual exige que sua equipe saiba fazer de tudo um pouco, e muito bem feito (…) o jogador precisa de um entendimento grande do que fazer em todos os momentos do jogo. Eu, por característica, gosto de atacar, de ter a bola, de empurrar o adversário para trás. Tem momento que é possível, tem momento que não. O meu desafio como treinador é criar essa identidade e que o jogador entenda o jogo de maneira geral.
Mozart chegou ao Cruzeiro como homem de confiança do novo diretor de futebol do clube, Rodrigo Pastana. Ambos trabalharam juntos no CSA, em 2020. O contrato do comandante foi firmado até dezembro deste ano.
Com a contratação do novo técnico, o Cruzeiro chega ao quinto treinador diferente na gestão de Sérgio Santos Rodrigues. Com tamanha rodagem, a torcida estrelada sobrecarregou certa desconfiança no comandante. Até o momento, Mozart treinou apenas duas equipes profissionais: o CSA, em 2020, e a Chapecoense, em 2021.
– A desconfiança, por parte da torcida, eu lido de maneira bem natural, e acho super normal, porque realmente eu sou novo para ser treinador. Estou no meu terceiro clube como técnico profissional. Tenho um histórico grande na base, mas no profissional é o meu terceiro clube. E essa desconfiança vai se dissipar com os resultados, com o desempenho, que é uma coisa que eu acredito muito.
No CSA, quando trabalhou com Rodrigo Pastana, Mozart conseguiu fazer grande campanha de recuperação, tirando o time de Alagoas do Z4 e terminando a Série B em 5º colocado. Com créditos, o técnico foi contrato para treinar uma equipe mais qualificada, a Chapecoense. No entanto, seu trabalho não teve grande êxito. Tentando implantar um futebol ofensivo em uma equipe reativa, Mozart foi demitido com apenas oito jogos.
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REFORÇOS
Quando um novo treinador chega a um clube, exigências de atletas que encaixam em seu esquema de jogo são feitas. No entanto, para Mozart, o elenco estrelado é, sim, muito qualificado. Com isso, o técnico busca aproveitar peças que não vêm sendo utilizadas, ao invés de contratar novos jogadores.
– Com relação a alinhar a questão de reforços, é óbvio que pontualmente vamos tentar trazer alguns nomes, mas eu vejo que temos um elenco forte. E aqui eu não estou respondendo para tentar fazer média com ninguém, pelo contrário. Seria no mínimo indelicado chegar aqui e colocar uma lista enorme de reforços, não vejo essa necessidade. Vejo que temos um elenco qualificado (…) temos que resgatar alguns jogadores com pouco espaço.
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Alguns dos principais atletas que Mozart se referia era Marcelo Moreno, que não recebeu muitas oportunidades com Felipe Conceição, e Marcinho, que estava para ser negociado pelo clube.
– Eu conto muito com o Marcelo. É um centroavante que me agrada muito, que tem todas as características daquilo que eu acredito de futebol. Porém, ele é um centroavante que tem mobilidade, tem presença de área, é finalizador. Por onde passou, sempre foi artilheiro (…) com relação ao Marcinho, é um jogador que já queríamos lá no CSA. Então é obvio que eu conto com ele, e tentar usá-lo da melhor maneira possível. Até porque ele fez uma grande Série B no ano passado.
O primeiro desafio de Mozart à frente do Cruzeiro vai ser contra o Goiás, amanhã (12), às 21 horas do horário de Brasília. O comandante, no entanto, não vai poder contar com o atacante boliviano, que está disputando as Eliminatórias da Copa do Mundo pela Bolívia.
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