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Análise: os motivos para o Internacional estar observando volantes no mercado de transferências

Ricardo Duarte/Internacional

O Internacional está ativo no mercado de transferências, observando vários jogadores para contratação. Porém, ao que aparenta, um dos principais focos de análise são os volantes. Nas últimas semanas, surgiram especulações sobre interesse colorado em pelo menos três atletas da função – Gabriel Neves, do Nacional do Uruguai, Martín Távara, do Sporting Cristal do Peru, e Giuliano Galoppo, do Banfield da Argentina.

Diante de nomes de três volantes sendo observador pelo Internacional, fica a dúvida de qual as características que o clube busca para quem for atuar na função. Afinal, são diversos jogadores no elenco colorado que podem fazer a primeira ou segunda função de meio-campo. Rodrigo Lindoso e Dourado são mais marcadores, enquanto Edenilson, Nonato, Praxedes, Johnny e Patrick são volantes que gostam de avançar as linhas.

Apesar dos diversos nomes disponíveis, aparentemente nenhum tem as características desejadas para o esquema tático do treinador Miguel Ángel Ramírez. Baseado em como jogava o Independiente del Valle, último time comandado pelo espanhol, pode-se observar algumas habilidades específicas para ser o homem de confiança entre os volantes.

Primeiramente, um dos volantes sempre recua para facilitar a saída de bola com os zagueiros. Por conta disso, é essencial ter uma qualidade de passe excepcional, afinal errar um passe na entrada da área é quase certeza de gol do adversário. Esse movimento de recuar para buscar a bola força uma necessidade de pensamento rápido e leitura de jogo precisa. Por receber de costas para a marcação, um segundo de pensamento atrasado resulta em desarme e gol do adversário. Esta é a segunda principal virtude que os primeiros volantes de Ramírez precisam ter.

É importante, também, que o atleta se movimente intensamente, para dar opção de passe, e que tenha certa altura, para auxiliar os zagueiros na bola aérea oriundos de lançamentos da defesa adversária. Por fim, é essencial uma boa qualidade em bolas longas e inversões, para acelerar a construção dos ataques. Além disso, é claro que é preciso ter uma boa noção de marcação, ocupação de espaços e desarme preciso, características mais clássicas de volantes.

Os “pecados” dos volantes do atual elenco

No elenco atual do Internacional nenhum dos volantes consegue “gabaritar” estas características. Na estreia dos titulares, contra o Ypiranga, Miguel Ángel Ramírez testou Edenilson por ali, mas o jogador pecou muito na leitura de jogo, não conseguiu distribuir lançamentos laterais precisos e, principalmente, falhou na marcação posicional em frente da área.

No segundo tempo, entrou Rodrigo Lindoso e deu mais segurança para a marcação na frente da área. Só que, com ele, o Inter perdeu velocidade e a bola demorava mais para chegar nos outros volantes, seja pelo excesso de passes laterais ou pela demora de locomoção do atleta. Dentre as outras opções no elenco, Dourado tem dificuldades para fazer tabelas e sair calmamente com a bola no pé. Já Nonato e Praxedes ainda sofrem na parte física para aguentar a pressão dos atacantes adversários, apesar de terem uma saída de bola muito mais qualificada.

Pelas amostras dadas com a camisa do Internacional, um dos volantes que aparenta englobar de forma mais equilibrada todas essas “necessidades” é Johnny. Todavia, por estar com a seleção sub-23 dos Estados Unidos, o jovem ainda não conseguiu treinar plenamente no modelo tático de Miguel Ángel Ramírez. E, por conta de tudo que envolve o novo esquema, o colorado observa o mercado Sul-Americano. O nome ideal seria Gabriel Neves, mas a disputa entre clubes pelo atleta deve impedir sua ida ao Beira-Rio.

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