O Palmeiras encerrou a fase de grupos da Libertadores 2021 com chave de ouro: goleada de 6 a 0 diante do Universitario (PER), no Allianz Parque. Com isso, a o time teve o melhor ataque de todo o torneio, com 20 gols marcados. O treinador, Abel Ferreira, gostou do desempenho ofensivo, mas enfatizou que há perspectiva de melhora.
“Há espaço para melhorar, acho que isso é claro para todos. Pela juventude que temos, pela “casca” que esta juventude vai criando com as vitórias e derrotas. Vocês sabem temos uma equipe composta por muitos jovens, e estar nessas finais dá experiência, sabedoria e é muito bom para eles. Às vezes, somos criticados porque não fazermos gols, ás vezes somos elogiados por ser o melhor ataque da Libertadores. A a nós e a mim , enquanto líder, nos resta só dizer qual é o caminho, o foco, e dar o melhor de nós em cada treino, jogo, e jogar para vencer.”
Na coletiva, Abel também enfatizou o fato do time ter conseguido o impressionante número de 30 finalizações contra o gol dos peruanos, que tiveram o atacante panamenho, Alberto Quintero, expulso logo aos 18 minutos do duelo. Na partida, dos jogadores que foram titulares na final de domingo, somente Weverton e Gustavo Gómez iniciaram o confronto. Muitos dos que estiverem em campo conseguiram aproveitar bem a oportunidade, e podem acabar ganhando uma vaga na rodada inaugural do Brasileirão. O adversário será o atual campeão, Flamengo, no Maracanã.
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O técnico alviverde destacou que não foi formado aprendendo um único esquema de jogo, e que no Palmeiras já utilizou vários “Não sou treinador de sistemas. Minha formação foi feita no 4-3-3 tradicional, que é o que mais se usa aqui no Brasil, e passei por todos (sistemas). A verdade é que perdemos dois pontas (Breno Lopes e Gabriel Verón, lesionados), optamos de fazer do Rony, que era ponta, um centroavante. E, portanto, em função dessas dinâmicas e de tudo aquilo que vínhamos a realizar, tivemos que adotar uma forma de jogar de maneira a canalizar essas dinâmicas dos corredores (laterais) (…) O importante é entender e perceber que os jogadores sabem aquilo que estão a fazer”.
Algo também observado por Abel foi uma variação que o time apresentou após ter ficado com um jogador a mais em campo. Contou que começou com uma linha de três zagueiros, mas, com a expulsão, passou a jogar num 4-3-3, com Alan Empereur fazendo a lateral esquerda, e Viña jogando mais à frente.
“É isso que eu gosto de ver: uma equipe com ideias, onde os jogadores são os protagonistas. E é verdade que jogar contra 10 (jogadores) é diferente de contra 11, e ficou muito mais fácil. Mas, foi bom para nós para termos essa dinâmica ofensiva. Precisamos treinar, e fazer isso em jogo é ainda melhor. E, na minha opinião, a equipe teve uma forte transição defensiva no momento da perda (da posse de bola), e só por isso conseguimos fazer seis gols”, completou o português.
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Depois da grande atuação pós derrota da final do Paulistão, Abel Ferreira e companhia procuram agora fazer uma grande partida contra um dos candidatos ao título nacional. Mas, para isso, ele, assim como seu auxiliar, João Martins, não poderão estar no gramado do Maracanã, no domingo, para tentar ajudar o clube a vencer o Flamengo de Rogério Ceni. A dupla está suspensa por conta das respectivas expulsões que sofreram na Supercopa do Brasil, em 11 de abril, disputada contra o próprio Rubro-Negro carioca.