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Danilo Avelar sobre Derby: ‘Pode mudar a trajetória da carreira de um atleta’

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O zagueiro Danilo Avelar, do Corinthians, foi o escolhido para dar entrevista coletiva (virtual) nesta terça-feira, no CT Joaquim Grava. Pode ser uma pista de que o jogador será titular no clássico contra o Palmeiras, na próxima quarta-feira.

Avelar ainda não jogou nenhuma partida oficial em 2020 em virtude de uma lesão. Caso entre em campo, será a sua estreia no Timão como zagueiro.

— Quando se trata de adaptação, precisa de tempo. Isso é inevitável. Só craques conseguem da noite para o dia demonstrar um maior potencial. Mas eu me sinto seguro, porque tenho companheiros ao lado que vão me ajudar, quando precisar. Tenho uma comissão (técnica) na qual sempre me passa dados, números, vídeos, no qual eu posso melhorar. Consigo ver meus erros nos treinamentos — disse.

— Uma partida oficial como zagueiro, eu ainda não fiz. O máximo que eu joguei foram 45 minutos na época do Torino e na Flórida Cup também. Parece que é próximo ser lateral de zagueiro, por questões de posicionamento. Mas exige uma atenção redobrada, movimento de corpo, tenho buscado todo treinamento, todo dia entender, pesquisar, às vezes errar de forma proposital para enxergar o que o erro pode provocar para não fazer em campo. Óbvio que chegar aos 100% exige jogos, ritmo e entrosamento. Não tem como dizer que só com treinamento eu estou 100% pronto. Fisicamente e mentalmente, sim — concluiu.

O Derby marca a volta do Campeonato Paulista após mais de quatro meses de paralisação, devido a pandemia do novo coronavírus. O jogo será na Arena Corinthians, às 21h30.

A equipe alvinegra vive uma situação delicada no Campeonato Paulista e precisa vencer o seu rival para ter chance de se classificar às quartas de final. Avelar falou sobre a possibilidade do time ser eliminado na primeira fase.

—  Se tratando do time que foi campeão três vezes seguidas da competição (Paulistão), sair na primeira fase não é justo com nós mesmos. Não é justo com a nossa camisa. A gente tem plena consciência de que deixamos a desejar, e podemos reverter. Enquanto existir a probabilidade e a possibilidade, vamos lutar até o final — reiterou.

Decisivo em clássico

Herói da última vitória do Corinthians diante do Palmeiras, no Campeonato Paulista do ano passado, em pleno Allianz Parque, o defensor recordou a partida e espera o mesmo sucesso na próxima quarta-feira.

— Eu espero que seja exatamente igual ao que foi no ano passado. Não necessariamente com meu gol, mas sim com a vitória, já está de bom tamanho. Só quem jogou e ganhou clássico sabe o gostinho que é, sensacional. E quem faz gol, mais ainda. Foi um dos dias mais marcantes da minha vida, jamais vou esquecer(…) Um clássico pode mudar a trajetória da carreira de um atleta — pontuou.

Danilo Avelar comemorando seu gol contra o Palmeiras – Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Palmeiras sem Dudu e Rony

Dudu, principal jogador do Verdão deixou a equipe na semana passada para jogar no Catar. Já o atacante Rony foi suspenso pela FIFA devido à ação do Albirex Niigata, equipe que defendeu no Japão. Avelar também comentou sobre a ausência dessas duas peças-chave do Palmeiras.

— É óbvio que sabemos da qualidade dos dois jogadores (Dudu e Rony), da história que o Dudu teve no Palmeiras, da ascensão que o Rony teve no Athletico (Paranaense) no qual ele chegou ao Palmeiras. A gente sabe que são jogadores de qualidade e causam perigo. Porém, quem joga no Corinthians tem que estar preparado para enfrentar qualquer pessoa que pode desequilibrar — afirmou.

Salários atrasados

Na última segunda-feira, o Corinthians acertou parte de seus salários atrasados, referente ao mês de maio. Março e junho ainda estão em aberto. O mesmo ocorre no Santos, que viu o atacante Eduardo Sasha e o goleiro Éverson entrarem na justiça para rescindirem seus contratos. O zagueiro do Timão afirmou que ”jamais” faria isso com o clube.

— Quem é o louco que faria isso com o clube do tamanho do Corinthians? Se todo atleta analisasse a trajetória que cada um teve para poder estar num clube como esse, jamais e em hipótese alguma teria a capacidade de fazer isso com o clube. Eu sou empresário, tenho empregados, tenho contas para pagar, então a gente sabe o quão difícil é ter uma gestão em meio à pandemia. A gente entendeu, graças a Deus temos uma situação financeira muito boa que o futebol nos proporciona, diferente de muitas pessoas que perderam seus empregos, empresas fechando. A gente tem que agradecer por ainda ter um trabalho e representar uma massa gigantesca. Seria triste se algum atleta fizesse isso. Eu jamais teria coragem de fazer isso com o clube. A gente sabe da situação e o pensamento é voltar a jogar — finalizou.

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