Bicho papão e colecionador de títulos no cenário nacional e mundial, o Sada/Cruzeiro Vôlei sempre entra como favorito em qualquer competição que disputa. Com a campanha apresentada na Superliga Banco do Brasil masculina 20/21 (22 jogos – 2 derrotas) e as conquistas do estadual e da Copa Brasil, a equipe mineira não esperava menos do que uma vaga na final e qualquer outro resultado poderia ser considerado uma enorme zebra.. E foi o que o esporte nos proporcionou nesta quarta-feira (17).
Tendo perdido para apenas dois clubes – EMS/Taubaté/Funvic e Fiat/Minas Tênis Clube – durante toda a temporada, quem imaginaria que o tricampeão mundial seria eliminado nas quartas de final pelo Vôlei Um Itapetininga? Ainda mais em dois jogos na série melhor de três dos playoffs da Superliga.
A capacidade do Itapetininga nunca foi questionada. Ótimos jogadores como Renan Buiatti, Guiga, Carísio e a jovem promessa Adriano, de 19 anos, comandados pelo técnico Peu. Porém, o que aconteceu para o Sada/Cruzeiro dar adeus ao campeonato sem ao menos levar o duelo para a partida de desempate? No primeiro confronto dos playoffs, um verdadeiro atropelo dos paulistas, que saíram em vantagem com o 3×0. E no segundo, os mineiros chegaram a abrir 2 sets a 0, mas sofreram a virada e perderam no tie-break.
Para compreender a eliminação precoce do time de Marcelo Mendez, é necessário que voltemos para a última rodada da fase classificatória, diante do rival Taubaté. Com a classificação em primeiro lugar garantida, os cruzeirenses só entraram em quadra no Ginásio do Abaeté para cumprir tabela. Desta maneira, o treinador da Raposa optou por não viajar com todo o elenco e poupou peças fundamentais.
O oposto Alan, que havia demonstrado uma caída de rendimento nas últimas partidas do segundo turno e ainda foi poupado contra os taubateanos, não conseguiu ajudar o Sada/Cruzeiro no jogo de ida contra o Itapetininga. A postura, não só do Alan como a do levantador Cachopa, continuou a mesma estando em desvantagem na série das quartas de final. E a pergunta que fica: era momento de poupar jogador? Ainda mais contra o Taubaté?
Como o voleibol é um esporte coletivo, não basta colocar a culpa em um e outro. (Quase) todos foram mal e não jogaram o nível que costumam apresentar. Além do mais, é preciso que respeitem os times com menos investimento, eles podem e vão surpreender. Playoff é decidido na bola, dentro de quadra. A vitória do Itapetininga é uma prévia da quebra de hegemonia dos clubes tidos como “principais”.
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