Fortaleza

Matheus Jussa não se surpreende com campanha do Fortaleza na Série A e comenta sobre racismo no futebol: ‘É inadmissível’

(Foto: Leonardo Moreira/Fortaleza EC)

O Fortaleza se reapresentou na tarde dessa terça-feira (17), no Centro de Excelência Alcides Santos e iniciou a preparação para o duelo diante do Juventude, que ocorre no próximo sábado (21). Antes das atividades serem iniciadas, o volante Matheus Jussa concedeu entrevista coletiva. Na ocasião, o atleta ressaltou que a boa campanha do Leão do Pici na Série A não o surpreende:

– Eu acho que não é surpresa nenhuma, porque a gente tem a consciência do trabalho que tem feito. Quem trabalha pra caramba e busca essa evolução, não vê surpresa no resultado. Então para a gente não é surpresa nenhuma estar entre os quatro ou cinco para a Libertadores. Vamos evoluir cada vez mais, para quem sabe buscar esse título.

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No início do mês de junho, Matheus Jussa sofreu uma lesão no ombro e precisou ficar fora de atividade por mais de 30 dias. O volante assume que aproveitou o período para ficar mais tempo com a família, mas ressalta que é “horrível” não poder atuar:

– Horrível ficar de fora. Todo atleta quer estar jogando, todo atleta quer estar mostrando seu devido valor dentro de campo, treinando também. Então para mim foi muito ruim, mas foi um momento que eu passei a mais com a família, porque a gente quase não tem tempo para ficar em casa, ficamos mais tempo dentro do clube do que com a própria família.

Com características defensiva, Matheus Jussa é conhecido por ser um volante marcador. Entretanto, por ter boa finalização, ele também gosta de se aventurar no ataque e inclusive já marcou gols de fora da área na temporada. O atleta diz não ter preferência por uma função específica dentro de campo e destaca versatilidade do elenco do Fortaleza:

– Não tenho preferência. O técnico deixa todos bem à vontade, então quem entra jogando ou no decorrer do jogo, pode fazer outra função. Então não tem essa preferência, de nenhum atleta. Todos ali estão aptos para atuar em qualquer posição. O importante é sempre estar jogando.

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Exímio combatente ao racismo, Matheus Jussa comentou sobre o preconceito racial dentro do futebol. O volante vê as ofensas como “inadmissíveis”, e destaca que levará a bandeira “antirracista” para o resto da vida:

– Desde que eu sou profissional, eu não sofri nenhum racismo. Mas na Europa, dentro do Brasil em jogos da Libertadores e Sul-Americana, a gente vê cada situação de racismo, chamando o próprio atleta de macaco. Isso, até hoje, é inadmissível. Então são por outras causas, dentro do esporte ou fora dele, que isso hoje ainda me deixa muito chateado. Eu busco sempre levantar essa bandeira antirracista e sempre eu vou levar para o resto da minha vida, porque eu sou negro, minha família é negra, e nós sabemos o quanto isso é difícil dentro do Brasil e fora. Cada um fazendo a sua parte, sabendo o que tem que fazer, respeitando o próximo independente de cor e raça, isso já é válido.

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