Futebol Feminino

Soberanas superam as Sereias da Vila e coroam a temporada com a taça da Brasil Ladies Cup

Sereias e Soberanas na final da Brasil Ladies Cup
Foto: Beatriz Ribeiro / ENM

Após criar grande expectativa dos amantes do futebol feminino, a Brasil Ladies Cup chegou ao final na manhã deste domingo (19), tendo como palco o Allianz Parque, em São Paulo. Na decisão protagonizada por um dos maiores clássicos do futebol paulista, Santos e São Paulo deram um show para o público presente, que viu as Soberanas levantarem o último troféu da temporada nacional na modalidade. Com gols de Duda, Naná e Thais, as atletas do Tricolor Paulista conquistaram seu primeiro título no ano.

Em um início já frenético, as Soberanas começaram a envolver as Sereias da Vila com sua rápida troca de passes desde os primeiros minutos de jogo. Com chutes perigosos já nas primeiras tentativas, a goleira alvinegra Camila Rodrigues já se mostrava como um grande destaque da partida. Em duas defesas a queima roupa logo em sequência, a atleta de apenas 20 anos era a barreira que impedia o São Paulo, muito mais intenso em campo, de abrir o placar.

Do lado oposto, o Santos tinha dificuldade de levar perigo às redes da goleira Carla. Com muita velocidade, bons dribles e nomes de peso, nem mesmo Cristiane e Ketlen conseguiam colocar as Sereias da Vila no jogo. Os erros de passe e finalização se somavam pouco a pouco, o que deixava as Alvinegras distantes de uma vantagem no placar e entregava um jogo coletivo pouco efetivo.

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As cobranças de Cristiane dentro de campo se somavam às de Tati Silveira do lado de fora das quatro linhas, e mesmo com a garra de Sassá em defender mesmo com dores no tornozelo não foram o suficiente para parar a dança do ataque tricolor, que chegou ao primeiro gol da partida aos 31 minutos do primeiro tempo. Com uma infiltração em velocidade pela direita, Tayla não conseguiu afastar o cruzamento que encontrou Duda, cara a cara com o gol. A camisa 10 das Soberanas não vacilou e fez 1 a 0 para o São Paulo.

O Santos sentiu o gol adversário, e em meio às brechas deixadas as jogadoras do Tricolor encontraram o caminho para ampliar o placar. Em uma belíssima jogada que circulou a bola por oito atletas diferentes, sempre com toques rápidos e envolventes, Naná ainda teve que brigar com a trave antes de balançar as redes, aos 38 minutos de jogo, e ampliar o placar a favor das Soberanas. As Sereias chegaram a buscar gás após o segundo golpe, fazendo um gol aos 45 minutos, mas o lance foi anulado pelo impedimento da meio-campista Brena. Com 2 a 0 no placar, as equipes foram para os vestiários de maneira diferente da que entraram, deixando o resultado em aberto para os minutos complementares do duelo.

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Voltando para o segundo tempo com renovação no elenco, as Sereias tiveram em Gi Fernandes um frescor para lutar nos 45 minutos finais, e a jovem atleta de 16 anos não demorou a mostrar em campo o motivo de sua entrada. Pressionando a saída de bola adversária, Gi recuperou a bola ainda no primeiro terço do campo e arrancou em direção ao ataque. Ao encontrar Ketlen, a jogadora lançou em profundidade para a camisa 7, que não demorou a empurrar a bola em direção à histórica Cristiane. Cris podia bater, mas usou sua experiência e visão de jogo para recuar a bola até a meia Brena, e diferente do lance do primeiro tempo a camisa 5 das Sereias da Vila estava em posição regular. Foram necessários apenas dois toques, um para o domínio e outro para a finalização, e Brena restaurou a esperança alvinegra ao fazer 2 a 1 com apenas três minutos no relógio.

Mais apático no segundo tempo, o São Paulo tinha dificuldade de chegar à meta da goleira Camila Rodrigues, e a dança entregue pelo Tricolor no primeiro tempo não era vista na segunda etapa do duelo. Porém, foi na bola parada que as Soberanas encontraram a chance perfeita para voltar ao jogo. E aos 14 minutos, em uma cobrança de escanteio com endereço exato, a bola encontrou a zagueira Thais no meio da zaga alvinegra, e as Soberanas voltaram a abrir vantagem no placar.

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Com o ritmo de jogo acelerado dentro das quatro linhas, a bola parada não favoreceu apenas as Soberanas, e as Alvinegras voltaram a marcar. Em uma excelente cobrança de escanteio executada por Júlia Daltoé, a bola na primeira trave foi desviada por Naná, e o que parecia um lance perdido chegou aos pés de Ketlen, que sozinha bateu para o gol e fez 3 a 2 para as Sereias. Restando 15 minutos de bola rolando, o Santos ainda tinha esperanças de levantar a taça.

Em um golpe do destino, os minutos finais da partida eram cruéis com as Sereias da Vila. Brena, uma das melhores em campo, saiu de maca e sentindo fortes dores no joelho aos 35 minutos. Aos 40, Cristiane teve a melhor oportunidade do Santos na partida, ao receber sozinha o lançamento de Gi Fernandes e driblar a goleira Carla, mas a maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos perdeu o tempo da bola e acabou batendo para fora. Aos 49, o cruzamento de Thaisinha não encontrou o cabeceio de Júlia Daltoé. No apito final, o placar marcava 3 a 2 para as Soberanas, e o São Paulo levou o título da primeira edição da Brasil Ladies Cup.

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No último ato do futebol brasileiro na temporada de 2021, as Soberanas souberam sofrer nos momentos ruins e comemorar momentos de glória, e após bater na trave das competições nacional e estadual de futebol feminino, a equipe comandada pelo treinador Lucas Piccinato finalmente pôde coroar o excelente trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos com um título para as jogadoras do São Paulo.

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