A Ponte Preta falou, pela primeira vez publicamente, a respeito da saída de Apodi ao Goiás antes do início da Série B do Campeonato Brasileiro.
O presidente da Macaca, Sebastião Arcanjo, atrelou saída do lateral-direito, titular absoluto desde janeiro de 2020, por oferta de dois anos do Esmeraldino e perspectivas profissionais de carreira.
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“Primeiro, é deixar muito claro a questão que envolveu a saída do Apodi. O Apodi foi um profissional que nós tratamos aqui com muito respeito. Ele também agiu com muito respeito com a Ponte Preta e com a instituição. Nós iniciamos no processo de renovação dos contratos e fizemos uma proposta de redução dos salários. Todos os jogadores aceitaram. Alguns, de maneira voluntária, nos procuraram para poder renegociar os seus contratos em valores menores para que pudessem continuar aqui na Ponte Preta. Eu acho que as pessoas não fazem isso por acaso. Não é comum isso acontecer”, contou, em coletiva de imprensa.
“Isso significa que tem responsabilidade na gestão, tem compromisso e tem reciprocidade. Então é esse o primeiro ponto. Em segundo, nós temos que respeitar também aquilo que passa na cabeça do jogador em termos de perspectiva profissional. No caso do Apodi, é um jogador que está em pleno vigor físico. Eu acho que tem muito ainda a entregar para o futebol brasileiro. Ele já demonstrou isso e continua demostrando na tua nova equipe. Ele entendeu que o contrato e a diferença entre o que ele ganha na Ponte Preta e o que ganha nesse novo clube… não era isso que foi fundamental para tomada de decisão, mas sim o período contrato”, continuou.
“Para ele, dá uma perspectiva de longevidade dentro da carreira na prática do futebol mais favorável. Então foi esse o critério que ele nos apresentou. Nós, em comum acordo, entendemos que era melhor, então, que ele pudesse exercer em plenitude a tua atitude profissional, sem mágoa e sem ressentimento”, finalizou.
DETALHES
Apodi, cujo contrato com a Ponte Preta era válido até 31 de dezembro de 2021, topou redução para seguir no elenco na disputa do Paulista e embolsava por volta de R$ 60 mil por mês – o clube de Goiânia, segundo repórter Wagner Oliveira, teria ofertado em torno de R$ 110 mil de salário e vínculo de dois anos.
Além ter sido seduzido com duas temporadas, Apodi, que tinha ótima relação com Fábio Moreno, desligado do comando técnico há 20 dias e de volta ao Departamento de Futebol, também colocou na balança a indefinição pela busca do novo comandante e decidiu deixar Campinas.
Decisão de buscar novos ares na carreira, já na reta final, ainda foi influenciada por conta do elenco montado pelo Goiás, cuja principal meta é o acesso.
Intocável com quatro treinadores em Campinas, ex-camisa 22 se despediu da Ponte Preta com 66 jogos e sete gols marcados em uma temporada e meia.
ALTERNATIVAS
Com saída de Apodi, Ponte Preta conta com dois jogadores de ofício para posição na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro sob comando de Gilson Kleina: Felipe Albuquerque, emprestado pelo Grêmio e atual titular, e Kevin, cedido pelo Tombense e já legalmente apto para estrear.
“Nós, rapidamente, fizemos a reposição. Temos dois laterais-direitos à disposição do nosso treinador. O Kevin ainda não estreou, mas o Felipe (Albuquerque) está dando resposta altamente satisfatória jogando nas duas posições. Isso, para nós, é fundamental”, completou Tiãozinho.
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