No último dia de abril o Atlético finaliza o mês com mais altos e baixos dos últimos tempos, jogando oito jogos em 30 dias, ou seja, um a cada três dias praticamente, com muita pressão, críticas, vitória e derrota em clássicos, estreia na Libertadores e necessitado de melhoras.
O mês já começou para o Atlético mostrando que seria perturbador. Logo no primeiro dia, derrota para a Caldense por 2 a 1 após cinco vitórias em cinco jogos na temporada. A pressão sobre Cuca já era natural pelo investimento (seria o mesmo pra qualquer outro treinador) e ainda tinha a adição de uma parte da torcida ser contra a contratação do treinador. Ou seja, a derrota no início do mês não ajudou muito. Na seguida, uma vitória por 3 a 1 no clássico contra o América que deu um novo respiro ao time e ao treinador.
Após o jogo contra o América começou o pior momento do time. Mesmo com vitória, o Galo foi bastante criticado pelo fraco jogo, o pior da temporada até então, contra o Pouso Alegre e chegava ainda mais pressionado ao clássico contra o Cruzeiro. O maior clássico de Minas Gerais já é de muita pressão naturalmente, mas pelo momento de disparidade entre as duas equipes, a pressão sobre o Galo para vencer era bem maior. No duelo, o alvinegro conseguiu fazer um jogo ainda pior e saiu derrotado, com a cobrança no time e no treinador explodindo de tão grande.
Uma vitória contra o Boa Esporte na sequência da derrota no clássico não mudou muito o clima de pressão e exigência por bom futebol. Então chegou a estreia na Libertadores, na qual o Galo encarou, na teoria, o time mais fraco do grupo, Deportivo La Guaira. Mesmo fora de casa, era esperada uma vitória, mas mais uma atuação ruim, dessa vez com incríveis 60 cruzamentos, o Galo só ficou no empate e a pressão aumentou ainda mais.
Pra finalizar o mês, já classificado em primeiro do Mineiro, venceu o Athletic por 1 a 0, mas a pressão sobre Cuca aumentou por conta de uma declaração de Hulk pedindo mais tempo de jogo. Já no último jogo, na terça (27), enfim a vitória na Libertadores e ainda por cima com dois gols de Hulk e com uma atuação um pouco melhor, sobre o América de Cali, para aliviar um pouco mais a pressão sobre o time, o atacante e o treinador.
Em resumo, o Atlético teve um mês montanha russa: desceu, subiu, desceu de novo, desceu mais e no fim subiu um pouco. Mas essa última subida na montanha russa ainda está longe de ser o suficiente. Como falado, a pressão sobre o clube já é enorme por si só por conta dos investimentos, ou seja, se espera que o Atlético conquiste títulos, jogue um futebol e sai vitorioso, principalmente contra os times considerados piores.
O mês de maio pode definir o futuro do Atlético e de Cuca, já que teremos a reta final do Mineiro e a conclusão da primeira fase da Libertadores. O treinador ainda terá muito trabalho e muita pressão. Mas se a montanha russa seguir oscilando, talvez não tenha um tempo grande para tentar estabiliza-la no alto, que é o que se espera deste time.
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