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Paulo Borrachinha sugere que UFC não trata bem lutadores brasileiros em negociações

Paulo Borrachinha (Foto: Divulgação/Twitter Oficial UFC)
Divulgação/Twitter Oficial UFC

A ‘guerra’ particular de Paulo Borrachinha com o UFC teve mais um capítulo nesta semana, depois do cancelamento da luta que faria contra Robert Whittaker em fevereiro na Austrália. E envolveu uma série de rusgas do lutador brasileiro com a organização.

Em entrevista ao ‘The MMAHour’, o peso-médio desabafou sobre a situação e fez várias críticas ao Ultimate. Uma delas teria a ver com um suposto ‘desprezo’ que a direção da organização teria com lutadores do Brasil na hora de negociar contratos. Segundo o mineiro, nas conversas para lutas, o evento propositalmente ofereceria contratos de valores mais baixos por conta da falta de ‘traquejo’ destes ao lidar com a entidade.

– Acho que o UFC oferece aos lutadores brasileiros contratos com valores muito baixos. Não sei o que eles pensam. Talvez pensem que no Brasil se vive na selva e não se precisa de dinheiro de verdade. Eles pagam migalhas e os lutadores brasileiros acabam concordando. Eu fiz isso e sei que muitos brasileiros fazem isso. Isso é péssimo para os negócios. Nós brasileiros, não nos importamos muto com isso, só queremos lutar. Dizem ‘você quer lutar contra esse cara’ e a gente diz que sim – disse Borrachinha.

Ao comentar a situação das negociações para enfrentar Whittaker, Paulo Borrachinha novamente reiterou que jamais lhe foi enviado um contrato para enfrentar o neozelandês no UFC 284, em Perth, Além de reclamar de que ter sido ‘pressionado’ pelo Ultimate a aceitar receber os valores contidos em seu atual contrato, que seriam abaixo do desejado.

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– O (matchmaker) Mick Maynard me ligou e me perguntou se eu queria enfrentar o Whittaker e eu disse que sim. Seria uma grande luta e os fãs adorariam. Falei que sim, mas que queria ver os termos da negociação. E foi isso. Não avançamos depois disso. Não me mandaram um contrato, só falaram ‘se você quiser enfrentar o Whittaker, vamos fazer essa luta’. Mas eu não posso lutar contra o número um ou o número dois, que é um cara de alto nível, pelo mesmo dinheiro que recebia desde 2017 – disse o brasileiro, que revelou que seu contrato inclui uma bolsa de cerca de US$ 70 mil (pouco mais de R$ 364,1 mil).

– Não posso lutar contra o Whittaker pela mesma quantia de cinco anos atrás. Recebi US$ 35 mil (R$ 182 mil) para lutar contra o Marvin Vettori e ele era o número um da época. É uma palhaçada. Eu fiz muito para o UFC. Lutei contra o Yoel Romero nos mesmos termos, enfrentei o (Israel) Adesanya, o Marvin e o Luke Rockhold também nos mesmos termos. Só para acabar com esse contrato infernal, porque quero ficar livre desse erro que meu antigo empresário fez cinco anos atrás. Os números estão defasados. Não posso fazer mais isso porque isso não ajuda a nossa classe, não ajuda os lutadores – completou.

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